No Dia Internacional dos Povos Indígenas, neste 9 de agosto, a rede estadual de ensino da Bahia celebra a data de uma forma especial. É que o Governo do Estado Bahia, por meio da Secretaria da Educação (SEC), vem focando no fortalecimento da Educação Indígena com a implementação de uma série de investimentos voltados ao respeito e à valorização da cultura e língua indígenas.
São iniciativas como construção, ampliação e modernização das escolas indígenas; valorização do magistério indígena, e do aporte de mais de R$ 1,1 milhão para a execução do Projeto Tecendo Saberes Ancestrais, que tem como diretivas a valorização da contribuição histórica dos povos originários e a promoção da educação ambiental, da interação cultural e de práticas esportivas no ambiente escolar.
Alinhado às diretrizes curriculares nacionais e à Lei Federal n° 11.645/08 (que torna obrigatório o estudo da história e da cultura indígena e afro-brasileira nas unidades de ensinos Fundamental e Médio), o Tecendo Saberes Ancestrais trabalha com quatro eixos: interdisciplinaridade e fortalecimento cultural nas escolas indígenas, incluindo a promoção dos Jogos Estudantis Indígenas em todo o Estado; aprofundamento dos conhecimentos sobre os estados do Nordeste; contribuição dos povos indígenas na história da região com a Feira Nordestina das Escolas Indígenas (FNEI); e incentivo à preservação e à educação ambiental nas comunidades indígenas. O projeto visa, portanto, contribuir para a formação de cidadãos indígenas conscientes e críticos, comprometidos com a preservação de sua cultura e com o desenvolvimento sustentável.
O coordenador da Educação Escolar Indígena da SEC, Niotxarú Pataxó, destacou o significado de os baianos comemorar o Dia Internacional dos Povos Indígenas. “Esta data é muito importante, especialmente neste momento de conquistas e desafios dos povos indígenas na área da Educação. Atualmente, na Bahia, temos avançado com a implementação de políticas educacionais, principalmente no que diz respeito ao apoio pedagógico; as ações realizadas nas unidades escolares; a valorização dos nossos professores indígenas; e os investimentos em infraestrutura visando a melhoria da qualidade das escolas indígenas da Bahia. O desafio, agora, é que continuemos nesse ritmo para atender todas as nossas 71 escolas indígenas (27 sedes e 44 anexos)”.
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