Procissão das Sanfonas celebra 35 anos de Saudades de Luiz Gonzaga

03 de Aug / 2024 às 07h34 | Variadas

Dezenas de sanfoneiros e centenas de fãs da sanfona se reuniram no Centro de Teresina, Piauí para participar da 16º Procissão das Sanfonas na sexta-feira (2). Este ano, o evento homenageou os 180 anos do nascimento de Padre Cícero e os 90 anos do músico e compositor maranhense João do Vale.

A procissão é uma forma de comemorar o Dia da Cultura Nordestina, celebrado todos os anos em 2 de agosto. A data foi escolhida por ser dia em que faleceu o músico e compositor pernambucano Luís Gonzaga, o 'Rei do Baião'.

A procissão começou com uma missa na Catedral Metropolitana Nossa Senhora das Dores, e segue num ritmo na Praça Rio Branco e segue pela Praça da Bandeira até o Museu do Piauí.

Segundo o idealizador do evento, o professor doutor Wilson Seraine, a procissão a cada ano se solidificando como uma das maiores manifestações de música na rua que tem no Brasil.  "Vem gente de fora, de Fortaleza, de outros municípios. Já é um evento nacional", comentou Wilson

A bacharEL em Turismo, pela Universidade Federal do Piauí,  Jacimara Almeida foi uma das homenageadas no evento.

O sanfoneiro Marquinhos Mel, contou que a sanfona é um patrimônio da sua família. Ele é membro da Orquestra Sanfônica do Piauí com seus dois irmãos. Além de homenagear Padre Cícero e João do Vale, a procissão é uma forma de relembrar seu pai.

"Deus me livre parar! Meu pai era sanfoneiro, aprendi vendo ele tocando, devargarinho. Comecei tocando e meus irmãos todinho. Minha família é toda de sanfoneiro! Fazemos também uma procissão como essa na minha cidade natal, Regeneração", comentou Marquinhos.

Além de sanfoneiros, a festa conta ainda com a presença de tocadores de outros instrumentos tradicionais do forró, como ganzá, triangulo, zabumba e a rabeca. Um dos representantes das cordas é Valdeci Braga, de 65 anos, que além de músico é fabricante de rabecas.

"Vi a rabeca pela primeira vez em Bom Jesus, e me apaixonei. Abandonei o violão, e até hoje não paro. Hoje, eu tenho rabecas minhas que foram vendidas para a Argentina, para a Espanha... É um instrumento muito antigo, que chegou no Brasil ainda na época do descobrimento", comentou Valdeci.

redação redegn com informações G1 Pi Foto redes sociais

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