A Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), estima que esta região, à frente os municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, já produza 1,5 milhão de toneladas de mangas, destas, cerca de 300 toneladas são destinadas à exportação, com o envio anual de 50 mil toneladas para o mercado americano.
De olho nas possibilidades desta cultura, que registrou, somente em 2023, um faturamento de US$ 315 milhões em exportações, a Valexport, realizou em parceria com a NMB, entidade de fomento ligada ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, com apoio do Sebrae, Embrapa e Moscamed- Brasil, o XIV Workshop Internacional da National Mango Board no Vale do São Francisco.
O evento, que reuniu produtores, profissionais das áreas técnica, segurança alimentar, certificação, mercado, logística, fornecedores e exportadores de mangas para os Estados Unidos, tratou sobre temas, a exemplo dos programas de monitoramento e controle das moscas-das-frutas no Brasil e no mundo, e do programa de marketing e impacto dos projetos da National Mango Board no consumo de manga nos EUA.
Durante dois dias, 31 de julho e 1.° de agosto, o hotel Nobile Suítes Del Rio, na orla de Petrolina, foi palco para uma série de palestras e uma mesa redonda. De acordo com o diretor Executivo da NMB,Ramon Ojeda, a manga produzida no Vale é muito saborosa e de excelente qualidade. "Temos duplicado o consumo da fruta desta região, ano a ano, e a perspectiva é de aumentar, mais ainda, o volume de importações do Vale do São Francisco", ressaltou.
Para o diretor Institucional da Valexport, Caio Coelho, o encontro esclareceu pontos importantes do controle das moscas-das-frutas e dos seus impactos na cadeia produtora de manga. "A qualidade e a segurança alimentar das mangas que exportamos para os Estados Unidos são de vital importância para o nosso crescimento. Precisamos nos unir, produtores, empresários, instituições governamentais e privadas" frisou.
O produtor e exportador de manga, Suemi Koshiyama, que exporta para o mercado americano há 20 anos, lembra que a região tem em produção 20 mil hectares desta fruta tropical e as melhores perspectivas para o futuro. "Agora temos que nos unir, visando encontrar as melhores soluções de sanidade vegetal e de controle das moscas-das-frutas nos nossos pomares", concluiu.
No último dia do workshop, uma mesa redonda sobre o monitoramento e controle das moscas-das-frutas, discutiu temas como a qualidade das mangas exportadas para os EUA; o funcionamento dos sistemas de manejo de risco da praga e inovações no controle, a exemplo do monitoramento digital das moscas-das-frutas. Na oportunidade, também foi lançado o Plano Emergencial para controle das moscas-das-frutas, assinado pela Valexport e a Bio fábrica Moscamed - Brasil. Participaram da mesa redonda, representantes da NMB (National Mango Board), e de instituições responsáveis pela sanidade vegetal de vários países, a exemplo da Argentina, Peru e Guatemala, além da Embrapa, Bio fábrica Moscamed-Brasil, Adab, Adagro, Aphis/Usda, DSV/MAPA,Sebrae Juazeiro, Sebrae Petrolina, Valexport, Vigiagro do Vale e exportadores de mangas.
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