Para combater os crimes no País, houve aumento dos investimentos na área da segurança pública. Em policiamento, por exemplo, o crescimento médio foi de 1,9% nas despesas dos governos estaduais em 2023, comparado com o ano anterior. Mas, na contramão, Pernambuco e outros nove Estados reduziram os gastos.
Os números constam na nova edição do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ao todo, as unidades da federação investiram R$ 36,7 bilhões em policiamento. Mais de 37% desse valor corresponde apenas ao gasto do governo de São Paulo (aproximadamente R$ 13,7 bilhões) em 2023. Houve aumento de 2,1% no Estado em relação ao ano anterior.
Já em Pernambuco, a queda de gastos foi de 2,3%. Em 2022, ainda no governo Paulo Câmara, as despesas foram de R$ 2.94 bilhões. Já em 2023, primeiro ano da gestão Raquel Lyra, o valor caiu para R$ 2.87 bilhões. O Estado vive uma situação crítica em relação aos efetivos das polícias Militar, Civil e Científica. Tanto que concursos estão sendo realizados, ao longo do ano, para diminuir o déficit histórico.
Na prática, são nas ruas onde a população sente mais o problema e reclama da falta de policiamento fazendo rondas para evitar os assaltos, sobretudo à noite quando há menos iluminação e a circulação de pessoas diminui. Na PM, responsável por esse policiamento ostensivo, o efetivo deveria contar com, no mínimo, 27 mil profissionais. Mas, há cerca de 16 mil na ativa atualmente.
A promessa do governo estadual é de convocar até 5.250 aprovados no concurso da PM nos próximos anos. A primeira turma, porém, só deve se formar em maio. Na Polícia Civil, 445 novas vagas estão previstas – sendo 250 para agente, 150 para escrivão e 45 para delegado. Mas o número também pode dobrar, segundo anúncio feito pelo governo estadual em fevereiro deste ano.
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