Ginástica laboral transforma a rotina de trabalhadores do HU-Univasf

05 de Jul / 2024 às 14h30 | Variadas

Semanalmente no Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), ligado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um grupo de colaboradores se movimenta em sincronia.

Os braços se estendem e os corpos se alongam. O que parece uma aula de ginástica comum revela-se uma iniciativa transformadora no ambiente de trabalho: a ginástica laboral.

Criado em 2015, o projeto destaca a importância das atividades físicas e melhora a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores da unidade hospitalar.

A iniciativa tem se destacado pela capacidade de integrar e motivar os profissionais do HU. "A ideia de implementar a ginástica laboral partiu do entendimento de que os colaboradores do Hospital Universitário, que cuidam dos pacientes do SUS, também devem ser cuidados. O foco é cuidar de quem cuida", explicou Paula Maduro, profissional de Educação Física e chefe da Unidade de Gestão de Graduação, Ensino Técnico e Extensão, responsável pelo projeto.

A rotina dos profissionais de saúde é marcada por longos períodos em pé e movimentos repetitivos, fatores que podem gerar desconforto e problemas físicos. Nesse contexto, a ginástica laboral desponta como uma solução eficaz. "Desde o início do projeto, os principais benefícios observados incluem a redução de dores musculares, o aumento da disposição e da energia dos colaboradores, a melhoria do clima organizacional e a promoção da saúde mental, com a diminuição dos níveis de estresse", detalhou Paula Maduro.

As aulas são dinâmicas e adaptadas para diferentes setores e horários, garantindo a participação de todos os interessados. Neste ano, algumas modificações foram introduzidas para tornar as atividades ainda mais envolventes. "Realizamos os exercícios da ginástica laboral em dupla e, ao final da aula, os colaboradores formam uma coluna para fazer uma massagem no colega. Essas atividades geram maior motivação e integração entre as equipes", garantiu Maduro.

Rotina benéfica-Com a adesão de homens e mulheres, os efeitos positivos da ginástica laboral são amplamente reconhecidos pelos participantes. Rubenilton de Oliveira, conhecido carinhosamente como Rubens pelos colegas, é assistente administrativo no HU-Univasf há um ano. Sempre que pode, ele recomenda as atividades para outros funcionários. "Depois da laboral, nossos dias se tornaram mais leves. Ajuda nosso desempenho no trabalho, pois nos sentimos mais relaxados. A ginástica contribui para um corpo saudável e, consequentemente, para uma mente saudável também", afirmou.

Para Sarah Melo, auxiliar de Farmácia do HU-Univasf, o impacto da iniciativa vai além da saúde física. O projeto tem fortalecido o espírito de equipe e melhorado a satisfação geral dos colaboradores com o ambiente de trabalho, segundo ela. "Estou nas aulas há um mês e tive boas experiências. Senti mais energia após a ginástica. Isso sem falar dos momentos divertidos em conjunto, que unem ainda mais os colegas de diferentes setores", contou.

Além de monitorar o progresso dos participantes e coletar feedback para melhorar continuamente o projeto, a atividade contribui para a formação acadêmica e profissional dos estudantes de Educação Física da Univasf, que ministram as aulas em conjunto com a profissional de Educação Física da unidade hospitalar. Os acadêmicos são responsáveis por planejar e conduzir as sessões, supervisionar os exercícios para garantir que sejam realizados corretamente e adaptar as atividades à demanda dos colaboradores, sempre sob supervisão profissional.

Nádia Virgínia, estudante do 7º semestre de Educação Física, viu na iniciativa uma oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Ao longo de dois meses de dedicação à iniciativa, ela notou um crescimento significativo em suas habilidades de liderança e comunicação. "Aprendi a lidar com diferentes tipos

de pessoas e necessidades, o que enriqueceu muito a minha formação. Ver o impacto positivo que essas aulas têm na vida dos colaboradores me motiva a continuar me capacitando. É gratificante saber que contribuí para a saúde e bem-estar dos participantes, enquanto também me preparei para ser uma profissional mais completa, com as habilidades, competências e atitudes adquiridas no HU-Univasf", destacou.

Ascom

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