O deputado estadual Zó, pré-candidato a prefeito de Juazeiro, em entrevista concedida ao site da capital, Política Livre, publicada neste feriado de São João, voltou a cobrar segurança jurídica, como um dos fatores a serem analisados no processo de escolha do candidato a prefeito de Juazeiro, na base do governador Jerônimo Rodrigues.
"Um desses critérios, acredito eu, precisa ser o da segurança jurídica. Sem querer falar mal de ninguém, mas sim da realidade objetiva, podemos estabelecer a unidade em torno de um nome cuja candidatura pode ser questionada pela Justiça Eleitoral, como já vimos acontecer no passado recente em Juazeiro em eleições proporcionais? Eu respeito todos os nomes colocados, mas o escolhido precisa ter viabilidade jurídica e política. Até em respeito e para preservar a nossa base”, declarou.
Questionado pelo Política Livre se sua declaração apontava na direção de Isaac Carvalho (PT), ex-prefeito de Juazeiro que disputa a vaga com ele na Federação (PT/PCdoB/PV), Zó disse que que essa é uma questão que precisa ser esclarecida pelo próprio Isaac, ressalvando que essa indefinição pode favorecer a prefeita Suzana Ramos:
“Eu acho que quem tem de falar da situação jurídica do ex-prefeito é o próprio ex-prefeito. Até porque estamos no mesmo campo. Mas é isso que tem sido colocado na política em Juazeiro e na Bahia inteira. Veja, do jeito que a situação na base de Jerônimo caminha, com essas dúvidas e indefinições, quem se fortalece é a atual prefeita (Suzana Ramos, do PSDB), que é nossa adversária. Ela é adversária de Jerônimo, do presidente Lula (PT), do nosso grupo”, declarou.
Questionado sobre declarações de apoio do senador Jaques Wagner (PT) a Isaac Carvalho, em visita recente a Juazeiro, Zó lembrou que o senador “é um cabra que eu respeito muito, é do PT, e é claro que ele vai sempre puxar um pouco mais a brasa para o lado do partido dele. Mas, acredito, Wagner também tem uma responsabilidade com a unidade do grupo político liderado hoje pelo governador Jerônimo”, lembrando que “O PT não é o único partido da base. E o PCdoB está nessa aliança desde o primeiro governo de Wagner. Somos aliados fiéis de primeira hora. Nunca mudamos. Tenho certeza de que o senador compreende isso e tem o compromisso para com todos os partidos aliados, até porque as eleições acontecem de dois em dois anos, e todos têm seu peso. Em Juazeiro, não é só o PCdoB e o PT que têm pré-candidato. O PV também tem, com o deputado estadual Roberto Carlos. O MDB também tem, com o amigo Andrei Gonçalves. O PSB tem o ex-prefeito Joseph (Bandeira). E agora surge a pré-candidata do PP também. Então, acredito que os principais líderes do nosso grupo político no âmbito estadual precisam ter esse cuidado, como o próprio governador tem tido”, destacou.
O pré-candidato afirmou ainda que tem conversado com outros pré-candidatos e que, “sem imposições”, pode apoiar qualquer nome do grupo, cobrando o mesmo o retorno para o caso de ser ele próprio o escolhido: “Temos tido boas conversas com Roberto Carlos, com o pré-candidato do MDB, que é o empresário Andrei Gonçalves, com o ex-prefeito Joseph Bandeira, nome do PSB. A unidade é o melhor caminho, em torno de uma candidatura viável e competitiva. Há alguns dias, inclusive, participei do lançamento da pré-candidatura de Andrei. Se ele for o candidato escolhido, estarei com ele. O mesmo digo a Joseph, a Roberto Carlos e aos demais. Assim como espero que, se eu for o escolhido, eles estejam ao meu lado”, disse, cirando ainda a pré-candidatura do Advogado Márcio Jandir, que semana passada também lançou sua pré-candidatura, pelo PP: “Márcio sempre esteve no nosso campo político. Ele pode ser considerado da base, sim. Até pouco tempo atrás, ele estava no PT. Eu fui no lançamento da pré-candidatura dele e temos mantido conversas. Se temos um projeto eleitoral e de gestão para Juazeiro, precisamos construir uma aliança ampla, ouvindo todo mundo”, ponderou.
Durante a conversa o deputado lembrou que conversa bem com o governador Jerônimo Rodrigues e cravou que trabalha para consolidar essa unidade agora como prefeito de Juazeiro:
“Converso com Jerônimo e ele me escuta. Tenho uma relação pessoal desde quando ele era secretário de Desenvolvimento Rural. Defendemos junto a agricultura familiar, inclusive na região de Juazeiro e em outros municípios que tenho a honra de representar. Quando ele foi secretário de Educação, fizemos ações no norte do Estado quando ninguém nem imaginava que o homem seria governador. O governador também escuta o PCdoB. A gente está colado com o governo. Vamos seguir juntos fazendo as transformações que a Bahia merece, só que agora eu como prefeito de Juazeiro, mudando a cara do município ao lado de Jerônimo e de Lula”, finalizou.
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