Mais uma polêmica envolvendo o tema inelegibilidade, em Juazeiro, vem sendo levantada e foi tema de entrevista, na última sexta-feira (14), no Programa Geraldo José/redeGN, desta vez envolvendo filiados de Partido Agir, onde um litígio sobre pré-candidaturas a prefeito se instalou.
O pré-candidato da legenda, Josué da Jotarte, pediu espaço para responder a uma carta encaminhada por um dos membros do diretório municipal, Paulo Enrique Galdino, sugerindo que dessitisse da pretensão, em favor de Célia Regina, que também pleiteia uma pré-candidatura no Agir, sob o argumento de que ele (josué) estaria inelegível.
Questionado sobre essa possibilidade Josué foi taxativo: “Quando me perguntam sobre desistir eu digo: desistir é para os fracos, a desistência é para os fracos, podemos até perder uma batalha, mas a guerra não. Tudo é no tempo e Deus, não cai uma folha na árvore sem a permissão de Deus”, declarou.
De acordo com o pré-candidato, sua condição de elegível "será confirmada há tempo", já que seu processo por não prestação de contas na eleição de 2020, não diz respeito a nenhum tipo de dolo e é reversível, de acordo com o advogado que contratou para cuidar do caso: “Procurei os meios jurídicos, constitui um advogado, Dr. Valter, que me deu acompanhamento, prestei contas e a justiça recebeu sem ressalvas, não tinha motivos pata não receber, e agora mais recente, procurei se podia dar continuidade e recebi a informação que podia e o que poderia acontecer, era precisar de uma liminar, porque foi uma coisa justa, um dinheiro meu, não desviei dinheiro público, tenho minha vida ilibada, serviços prestados, em juazeiro, então porque essa perseguição a Josué da Jotarte?”, questionou.
Durante a entrevista o ex-aliado, Paulo Enrique Galdino, por telefone, reafirmou seu rompimento e a decisão de apoiar o nome de Célia Regina, dentro do próprio Agir, após ter conhecimento da situação jurídica do “companheiro de partido”: “Quando nós aderimos a pré-candidatura de Josué da Jotarte, nós soubemos do impedimento por não prestação de contas na eleição de 2020, avisando a Josué, que quando a gente contratava os advogados para dar treinamento aos candidatos, a informação era uma só: pode até prestar umas contas erradas, porque suscita oportunidades para corrigir, mas não pode não prestar contas. Foi assim que falei, Josué ficou de resolver, esse ano decidiu resolver, contratando advogado e prestando as contas. Até então eu não tinha obtido a certidão onde tem a sentença judicial, foi quando eu li a sentença e observei que o processo de Josué está transitado em julgado, acabou...”, declarou, reafirmando que nessa condição, segue na legenda, como filiado, já que foi retirado da executiva, mas defendendo outra pré-candidatura.
“A lei não permite que ele (Josué) seja candidato a qualquer cargo que dispute e, portanto, Célia Regina é nossa pré-candidata. Fui retirado da direção mais isso pouco importa e irei com Célia Regina até o fim, porque sei que ele não será candidato e não vou deixar que esse crime perdure em nossa cidade, pois Isaac Carvalho fez a mesma coisa e teve os votos anulados’, comparou.
Após a participação de Paulo Enrique, Josué lembrou que Galdino, na eleição em que Isaac teve os votos anulados, estava na campanha do ex-prefeito e “não disse nada”, reafirmando ainda sua condição de elegível.
A também pré-candidata à prefeitura de Juazeiro pelo Agir, Célia Regina, segue nas suas redes sociais reafirmando sua pré-candidatura a prefeita da cidade e reverberando o apoio conquistado:
“O partido AGIR pede o afastamento de Josué, decide pela pré-candidatura de Célia Regina à prefeitura de Juazeiro. Agora, os juazeirenses têm opção! A decisão se deu por meio da instância partidária por meio do vice-presidente Paulo Enrique Galdino dos Santos, em conformidade com o Estatuto do AGIR e as regras eleitorais que impossibilitariam o registro de candidatura de Josué Nascimento por estar inelegível até o final do ano em curso. A decisão do vice-presidente Paulo Enrique foi informada às instâncias superiores do Partido, bem como aos órgãos da Justiça Eleitoral’, escreveu.
Pelo andar da carruagem, esse é mais um imbróglio que vai depender de decisão judicial. Mais um.
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