Cerca de 100 exportadores, produtores e responsáveis técnicos de unidades produtoras de manga do Vale do São Francisco, concluíram nesta quarta-feira (22), em Petrolina, o workshop 'Monitoramento e controle das moscas-das-frutas no programa de exportação de mangas destinadas aos Estados Unidos'.
O evento, realizado no auditório da Valexport (Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco), com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Adagro, Moscamed Brasil, Sebrae, Senar, Corteva, Usda, Tarvos e Green Valle, atualizou os participantes acerca de temas, a exemplo das normas e obrigatoriedade do monitoramento e controle em âmbito federal e estadual.
Para tratar sobre os sistemas de Manejo de Risco da Praga (SMR), falaram o chefe de programas especiais de exportação do Ministério da Agricultura (Mapa), Caio César Simão e os representantes das agências estaduais de defesa, Adagro; Lisiê Santana e Adab; Weber Aguiar.
Ainda no primeiro dia, a assistente técnica do Aphis/Usda no Brasil, Thereza Barros, apresentou uma palestra sobre o programa de exportação de mangas para os Estados Unidos e o diretor presidente da Moscamed, Jair Virginio, esclareceu pontos importantes sobre o monitoramento e controle dessa praga. O público pôde conferir também, a participação da entomologista da Embrapa Semiárido, Beatriz Paranhos, mostrando as ferramentas para controlar as moscas-das- frutas e o assistente técnico da Aphis, Marco Gonzales que fez uma palestra virtual com o título: Mantendo a praga sob controle nas propriedades registradas.
No segundo dia, o workshop começou discutindo iniciativas e inovações, a exemplo do apoio para o controle e monitoramento, apresentado pelo gerente regional do Sebrae/BA, Carlos Coiteiro, e o monitoramento digital para o controle de moscas-das-frutas, exposto por Carolina Suffi, diretora comercial da Tarvos (startup de monitoramento digital de pragas agrícolas).
Na sequência, os participantes tiveram informações atualizadas acerca do manejo e tecnologia, repassadas pelo representante comercial da empresa americana de agrociência, Corteva, Manoel Lima. Depois, os participantes foram convidados a fazerem uma visita de campo para esclarecimento de dúvidas sobre as armadilhas demonstradas pela Tarvos e a aplicabilidade da tecnologia utilizada pela Corteva.
Ao final do encontro, Thereza Barros, fez uma avaliação bastante positiva. "Muito válida a iniciativa da Valexport e a participação de todos os atores envolvidos no problema da infestação das moscas-das-frutas com impedimento das exportações.Espero que todas as medidas aqui discutidas sejam implementadas brevemente".
Para o diretor Institucional da Valexport, Caio Coelho, o workshop trouxe o intercâmbio de conhecimentos, novas tecnologias e o compromisso das instituições envolvidas em encontrar soluções para o problema. "Concluímos o evento conscientes do risco que corre a fruticultura do Vale do São Francisco. É preciso vencer o nosso maior inimigo hoje, a mosca-da-fruta, a Ceratitis Capitat. Ou somos capazes de controlar essa praga ou ela será capaz de destruir o nosso maior patrimônio que é a fruticultura irrigada. Enfrentamos um grande desafio e a união de esforços de todos é fundamental. Produtores, exportadores, Mapa, secretarias estaduais de agricultura de Pernambuco e Bahia, Valexport, Sebrae e demais entidades ligadas ao setor precisam trabalhar juntas para vencer o inimigo. Não vamos deixar a praga da mosca vencer nossas frutas. A luta é de todos", concluiu Caio Coelho.
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