Todos os grandes líderes se tornaram bem-sucedidos após entenderem, consciente ou inconscientemente, que a vantagem competitiva está no coletivo.
A sabedoria e o aprendizado coletivo fornecem um modelo de negócios que é benéfico tanto no sentido material quanto no emocional.
O equilíbrio entre desafio e competências, alinhado a um propósito e um ambiente que proporcione segurança, autonomia e colaboração, cria aspectos vitais de conexão do ser humano com o meio. Essa conexão faz com que nosso potencial seja de certa forma liberado com mais intensidade. Com isso, passamos a ter um ambiente muito mais criativo, inovador e propício a mudanças e resultados acima do normal.
Conheça os dois pilares da felicidade no trabalho
O primeiro pilar é alguém poder cumprir totalmente seu potencial na função que desempenha. Isso passa por dois processos. O processo de diferenciação envolve percebermos que somos indivíduos únicos, responsáveis por nossa própria sobrevivência e bem-estar, dispostos a desenvolver essa singularidade onde quer que ela nos leve, enquanto desfrutamos da expressão de nosso ser em ação. Já o processo de integração envolve a percepção de que, por mais únicos que sejamos, também estamos completamente envolvidos em redes de relacionamentos com outros seres humanos, com símbolos culturais e artefatos, bem como com o ambiente à nossa volta.
Pode-se dizer que uma pessoa que está totalmente diferenciada e integrada torna-se um indivíduo completo – e, por consequência, aquele que tem a melhor chance de levar uma vida feliz, vital e significativa.
Contudo, a felicidade não simplesmente acontece. Pelo contrário, é algo que nós mesmo fazemos acontecer, resultado de nosso esforço máximo nesse sentido. Sentir-se realizado quando alcançamos nosso potencial é o que motiva a diferenciação e leva à evolução. A experiência da felicidade em ação é o resultado de nossos esforços e realizações. Às vezes, é necessária muita dedicação, e o mais importante é que quanto maior o desejo e maior o empenho, maior se torna a recompensa.
Quando estamos por completo com um propósito claro, que realmente nos desafia a sermos melhores do que já somos e exige que estejamos presentes de corpo e alma, plenos, focados, sem medo de fazer o próximo movimento, convictos do que deve ser feito, pouco a pouco percebemos o quão bem estamos realizando nosso trabalho. É então que sentimos a sensação de conexão, de plenitude.
Nesse momento, entra em cena o segundo Pilar da Felicidade, um estado que os estudiosos apelidaram de flow (fluxo, em português). Ele descreve a maestria máxima que alguém pode atingir. O ápice do ápice. Quando estamos conectados, concentrados, focados, confiantes, isso faz toda a diferença. Não há distinção entre pensamento e ação, entre o eu e o ambiente. O importante é executar cada movimento da melhor forma possível.
Quatro pontos-chave para alguém se conectar com o estado de fluxo
• Objetivos claros: para que uma pessoa se envolva profundamente em qualquer atividade, é essencial que ela saiba precisamente quais tarefas deve realizar, momento a momento.
• Feedback imediato: é difícil para as pessoas se manterem engajadas em qualquer atividade a menos que recebam informações oportunas e “em tempo real” sobre o quão bem estão se saindo. A sensação de envolvimento total da experiência de fluxo deriva em grande parte do fato de que o que se faz importa, que têm consequências. O feedback pode vir do comentário de colegas ou supervisores sobre o desempenho, mas, preferivelmente, é a própria atividade que deve fornecer essa informação.
• Equilíbrio entre oportunidade e capacidade: é mais fácil se envolver completamente em uma tarefa se acreditarmos que ela é importante e está ao nosso alcance. Se parecer estar além de nossa capacidade, tendemos a ficar ansiosos; se a tarefa for muito fácil, ficamos entediados. Em ambos os casos, a atenção se desvia do que precisa ser realizado, a pessoa ansiosa fica distraída, e a entediada, também. Portanto, o equilíbrio entre a dificuldade da tarefa e nossa capacidade de realizá-la desempenha um papel crucial na experiência de fluxo.
• Concentração profunda: quando começamos a responder a uma atividade que possui objetivos claros e fornece feedback imediato, é provável que nos envolvamos nela, mesmo que a atividade em si não seja muito “importante”.
Ao somar todos esses elementos, temos uma sensação de plenitude, de conexão presente, que alguns estudiosos chamam de fluxo (flow, em inglês). Proporcionar isso para as pessoas também é papel de um líder.
André Girotto, o empresário e palestrante paulista, é considerado o maior treinador de líderes da atualidade, e compartilha o conhecimento que acumula desde 2002 em seu quarto livro, intitulado “Framework da Liderança 10x: A Nova Era da Liderança”. Aos 18 anos, fundou a Sport Moving, que se transformou rapidamente em uma rede de seis academias. Aos 24, se formou Treinador de líderes pela empresa global Dale Carnegie Training. Aos 27, fundou a Netprofit Training, expandindo-a para 27 unidades com mais de 1.000 empresas atendidas, 50 mil líderes treinados e 300 mil pessoas impactadas pelos programas Netprofit.
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