O vice-presidente eleito do União Brasil, ACM Neto, criticou, nesta terça-feira (14), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) por pedir excessivamente empréstimos. O ex-prefeito soteropolitano ainda afirmou que o governo petista faz as solicitações sem definir “claramente” onde o recurso será destinado.
“Os (pedidos de) empréstimos que são encaminhados pelo governo do estado (à Assembleia Legislativa da Bahia), eles têm um vício enorme, que é não definir claramente o objeto de aplicação do recurso, a instituição financeira com a qual o governo do estado está contratando, e como aquele dinheiro, que é um dinheiro público, vai ser aplicado. O que o governador vem fazendo é pedir cheque em branco, e a Assembleia vem dando cheque em branco. Jerônimo é o governador de todo esse período de governo do estado de maior volume de empréstimo (pedido) à Assembleia Legislativa”, afirmou ACM Neto, em entrevista à rádio Sociedade.
Do ano passado para cá, a Alba já aprovou seis empréstimos, totalizando R$ 3,7 bilhões. Em abril, o governo pediu à Casa a aprovação de mais US$ 400 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Na conversão atual, o valor passa de R$ 2 bilhões.
A bancada do União Brasil na Alba fechou questão (todos os deputados do partido vão adotar o mesmo posicionamento), nesta segunda-feira (13), para votar contra o novo pedido de empréstimo.
Ainda na entrevista, Neto voltou a questionar a falta de legado positivo deixado pelo governador Jerônimo Rodrigues após 40% do mandato cumprido. "Qual é o legado que apresenta nas áreas essenciais? A pergunta que a gente faz é essa", declarou ACM Neto, referindo-se às áreas de segurança pública, educação, saúde e geração de emprego.
O ex-prefeito apontou falhas na segurança pública, destacando o aumento da presença de facções criminosas e a sensação de insegurança crescente entre os cidadãos baianos. Na educação, criticou a adoção da portaria da aprovação automática.
Sobre a saúde pública, o ex-prefeito ressaltou as “filas intermináveis nos hospitais e a falta de assistência em regiões do interior”. "A ponte Salvador-Itaparica que não saiu do papel até hoje e o VLT do Subúrbio que continua na propaganda", emendou.
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