O cantor, compositor, violeiro, repentista Téo Azevedo, que morreu neste sábado (11), aos 80 anos, nasceu no Norte de Minas, e morou por um período em Belo Horizonte. Depois, passou a residir em São Paulo frequentando rádios e estúdios de gravação. Nos últimos anos, viveu em Montes Claros, cidade-polo do Norte do estado.
Considerado uma das maiores expressões da cultura brasileira, Téo Azevedo estava internado, com o quadro de encefalite (inflamação no cérebro).
Ele registrou um recorde na musica brasileira, com mais de 2,5 mil canções gravadas. Também alcançou cerca de 3 mil trabalhos realizados, em torno de 1 mil histórias de cordel escritas e 12 livros lançados.
Nascido em Alto Belo, distrito de Bocaiuva, Téo era um ícone da cultura brasileira. Muitas músicas foram interpretadas por grandes ícones da música brasileira como Zé Ramalho e Luiz Gonzaga.
Depois do velório, o corpo do compositor foi levado para distrito de Alto Belo, município de Bocaiuva (na mesma região), terra do artista, onde será sepultado ás 16 horas deste domingo (12/05), no Memorial Téo Azevedo.
Em 2013, o artista foi vencedor do prêmio Grammy Latino nos Estados Unidos com o álbum "Salve Gonzagão 100 anos", na categoria melhor álbum de raiz. O artista completou 80 anos em junho de 2023 e foi homenageado na 30ª edição da Festa Nacional do Pequi.
Téo Azevedo também musicou um programa especial sobre Guimarães Rosa para a Rádio Cultura FM de São Paulo. Musicou também dois especiais para a TV Alemã (um sobre Grande sertão, veredas de Guimarães Rosa, e outro sobre Cantigas de vaqueiros e repentistas, além de ter feito música para as peças teatrais A hora e a vez de Augusto Matraga, também de Guimarães Rosa, e Festa na roça, de Martins Pena.
A Universidade Estadual de Montes Claros divulgou nota de pesar e disse que Téo Azevedo deixou um legado“para a cultura e as artes, especialmente, para a música de raiz e arte catrumana, com uma elevada contribuição para a preservação da nossa história, dos nossos costumes e de nossas tradições”.
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