A História de Luiz Gonzaga contada sob o olhar psicanalítico é tema da I Semana Metropolitana de Psicanálise do Cariri

30 de Apr / 2024 às 12h30 | Variadas

A História contada sob o olhar da psicanálise. Entre a História. Dor e Gozo. Luiz Gonzaga é um ser de luz da Psicanálise. Este é o tema da I  Semana Metropolitana de Psicanálise do Cariri que vai acontecer entre os dias 02 a 04 de maio, no Crato Ceará. NO evento será realizado no Colégio Diocesano Conceito, a partir das 18h30, promovido pelo Instituto de Psicologia, Palestra, Cultura e Educação Tiago Andrade 

Na quinta-feira (2), a programação consta de uma mesa redonda para dialogar sobre o Cuidar Psicanalítico sobre o sujeito que sofre. Na sexta-feira, dia 3, palestra, com o tema o desafio da psicanálise frente aos conflitos contemporâneos. Haverá apresentação teatral sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga..

A jornalista francesa Dominique Dreyfus, autora da biografia mais completa sobre Luiz Gonzaga, disse que "SENTIA NELE, UMA PESSOA MUITO SOFRIDA, TRISTE".

Em dezembro do ano passado Dominique Dreyfus, disse para a REDEGN, em conversa com o jornalista Ney Vital,  que Luiz Gonzaga foi um de seus maiores ídolos e o objeto de uma extensa pesquisa que originaria  o livro, a biografia mais detalhada sobre o músico, Vida do viajante: a saga de Luiz Gonzaga, lançada em 1996. 

"No tempo que passei ao lado de Luiz Gonzaga, observei que ele podia ter acessos de mau humor que repercutiam sobre as pessoas que o rodeavam: volta e meia ele xingava, reclamava, zangava-se. Luiz Gonzaga tem um papel sociológico, o livro tem um nível histórico da imparcialidade. Depois, tem outro nível, que é o “psicológico”, que consiste em entender o porquê das coisas; não julgar os fatos, as pessoas, as situações, mas procurar entender as circunstâncias, as motivações." 

Dominique Dreyfus ainda revela: "Uma coisa que comento, no início do livro, é a tristeza, o ressentimento e a solidão que descobri em Luiz Gonzaga. Mas em todo artista há duas pessoas: o artista e a pessoa privada. O ente é um só, mas a personalidade é dupla e não raro contraditória.  No caso de Luiz Gonzaga, publicamente o artista passava voluntariamente a impressão da alegria, o homem privado era muito mais ressentido. Isso não significa que o artista Luiz Gonzaga fazia de conta que era feliz: ele se sentia profundamente feliz na sua vida artística; o artista era feliz, alegre, de bem com a vida. Mas a  pessoa Luiz Gonzaga era muito sofrida, ressentida, triste.. sses sentimentos eram ligados aos problemas conjugais, familiares, à sensação de não ser tão amado quanto queria pelos seus, ao sentimento de ter ajudado muito e não receber a gratidão que merecia por tudo que ele tinha feito e continuava fazendo pelos outros. O livro conta detalhadamente os conflitos familiares de Luiz Gonzaga e dá para perceber e entender por que a vida cotidiana dele não foi um mar de rosas".

 

redação redegn Ney Vital Foto redes sociais

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