O artigo do advogado Henrique Rosa, publicado neste sábado (20), na REDEGN, afirmando que o "Colégio Católico Nossa Senhora Auxiliadora, ensina a perdoar, mas não pede perdão pelos graves erros cometidos no desenrolar daquele inquérito policial que apurava o assassinato da menina Beatriz", foi um dos mais comentados nos meios de comunicação e ganhou mais repercussão com a avaliação do ex prefeito de Petrolina, o médico Augusto Coelho, que contestou artigo de advogado sobre escola no caso Beatriz.
Em um site da capital pernambucana, o médico Augusto Coelho, escreveu: Muito injusta a colocação do advogado Henrique Rosa, postada em no blog, em referência ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora no episódio da morte de Beatriz, em Petrolina. Na verdade, ocorria uma festa no Colégio, da qual participavam as famílias. Beatriz não se encontrava sob cuidados do Colégio. Estava na companhia dos próprios pais, aos quais cabia o seu cuidado, em primeirissimo lugar!
Após a postagem, a fala do médico e ex-prefeito Augusto Coelho, ganhou centenas de comentários, a maioria repudiando a opinião. Em 2016 Augusto Coelho também comentou: “A dor da família é insuperável, mas isso não justifica que o colégio seja injuriado da maneira que estar. A criança estava em uma festa, os pais estavam presentes, então a responsabilidade não é somente da escola. Foi um ano de massacre da opinião pública com comentários inconsistentes”, disse
Lucinha Mota, postou um video repudiando a fala do advogado de defesa do Colégio Senhora Auxiliadora: "Eu e Sandro continuamos em busca de justiça. O Colégio é vítima de que? Hipocrsia. Dá nojo! O colégio continua funcionando. É desumano a fala do colégio, é muita falta de respeito com a memória de Beatriz. O dever do colégio era garantir segurança. O colégio foi negligente, Eu repudio cada palavra do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora".
A REDEGN tentou contato com o médico e ex-prefeito Augusto Coelho mas não obteve êxito.
Confira artigo do advogado Henrique Rosa:
As duas cidades, Juazeiro e Petrolina, esperam da direção do Colégio Auxiliadora que ela peça desculpas pelos abusos cometidos no caso da menina Beatriz.
O colégio, porém, nunca achou bem visto o pedido de desculpas, ainda mais agora que o caso aconteceu há mais de cinco anos. O certo é que a família de Beatriz sofreu um massacre e opressão.
Os EUA pediram desculpas e expressaram pesar aos afro-americanos pelos erros cometidos contra eles e seus antepassados durante a escravidão.
A Inglaterra pediu desculpas pela atuação britânica na fome intensa irlandesa há 150 anos que matou um milhão de pessoas. O Primeiro Ministro Tony Blair disse: “Aqueles que governavam em Londres na época falharam com seu povo”.
A Alemanha Ocidental pediu desculpas ao mundo pelas ações de seu Estado predecessor. A Alemanha nazista ainda pagou indenizações para Israel e para os sobreviventes do Holocausto.
O Papa Francisco foi à Bolívia e pediu desculpas pelos pecados da Igreja Católica na opressão da América Latina.
O colégio praticou corrupção quando contratou o perito do Estado que foi designado para trabalhar na perícia do caso Beatriz.
O Colégio Católico Nossa Senhora Auxiliadora ensina a perdoar, mas não pede perdão pelos graves erros cometidos no desenrolar daquele inquérito policial que apurava o assassinato da menina Beatriz.
Faltou uma indenização para a família e também cadeia para parte da cúpula do colégio e de alguns empregados que, agindo de modo livre, consciente e voluntário, em unidade de desígnios e conjugação de esforços, maquiaram provas desse crime que repercutiu internacionalmente.
O advogado do colégio, no programa Linha Direta, da Rede Globo, afrontou o Brasil quando disse que a família deveria pedir desculpas ao colégio.
As Freiras nunca foram mães, logo, não tem noção que do outro lado existe uma mãe sofrida e cansada de tanto suplicar por justiça e sem saber onde esconder as lágrimas e sem o gosto de mimar a sua filha, de encher o coração de prazer e entusiasmo.
A mãe é o único ente que nos ama, que compreende as nossas dores, que sofre quando sofremos, que se desespera quando choramos e que morre quando uma filha deixa o mundo.
A família não deve desculpas. O colégio continua falhando.
Henrique Rosa Advogado
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