O Ministério da Justiça e Segurança Pública concluiu que não houve corrupção nas fugas de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, do presídio de segurança máxima de Mossoró, em 14 de fevereiro. Porém, a Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais da pasta reconheceu que houve falhas na segurança e afirmou que foi elaborado um relatório no qual são apontados 10 servidores, que serão responsabilizados judicial e administrativamente.
A investigação do ministério concluiu que houve "falhas nos procedimentos carcerários de segurança". E instaurou três processos administrativos disciplinares contra servidores do presídio. "Há o indicativo de que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança. Devido a isso, foram instaurados três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores", afirmou a corregedora-geral do ministério, Marlene Rosa
Ela acrescentou que "outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem com uma série de medidas — entre as quais, não podem cometer as mesmas infrações e terão de passar por cursos de reciclagem".
Porém, as investigações sobre a fuga continuarão. "A íntegra do relatório não será divulgada para não prejudicar a nova investigação e os procedimentos correcionais que estão sendo instaurados", afirma a corregedoria.
A fuga dos dois detentos, que são ligados à facção criminosa Comando Vermelho, é o grande desgaste da gestão de Ricardo Lewandowski à frente do ministério. O ministro deslocou aproximadamente 500 homens para o Rio Grande do Norte, onde empreenderam uma caçada a Rogério e Deibson — e não se encontrou nada além de provas inconsistentes sobre o rumo que tinham tomado.
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