Nesta terça-feira (2) uma polêmica envolvendo garçons de Petrolina e uma empresa responsável pelos bares nos eventos da região - e também por selecionar profissionais, tomou conta das redes sociais. Em vídeos, eles questionam irregularidades por parte da empresa e alegam perseguição, afirmando que é cobrada uma taxa para que eles possam trabalhar.
Segundo os profissionais, funcionárias da gestora chamaram os garçons de ladrão e não há espaço para diálogo. Eles contam que após a festa do último sábado, o grupo que faziam parte no WhatsApp foi extinto.
Em contato com a gestora da Castro Bar e Eventos, ela afirmou estar ciente da repercussão envolvendo os garçons, mas nega a cobrança da taxa sobre os profissionais - além de esclarecer como funciona o uso da maquineta nos eventos.
“Na segunda-feira eu entrei no grupo e comuniquei pra eles que tinha recebido as reclamações, eu printei pra eles a tela da reclamação que eu recebi, mandei pra eles a foto que eu tinha recebido do combo que eles tavam cobrando, que teve um cliente que fotografou e mandou pra direção do Iate, e pra você ter uma ideia, nesse combo cobrado, o mais barato que era o do Black White , o combo de R$292,00, foi cobrado R$530,00. Eu tive que tomar medidas radicais, e a medida que eu tomei foi botar fiscalização de seguranças, pra barrar entrada de maquinetas”, disse.
De acordo com a gestora, atualmente eles trabalham com uma maquineta cujo sistema dificulta a adulteração nos preços dos produtos. Apenas o administrador do sistema tem o poder de alterar o preço. “Hoje nós temos uma maquineta com sistema, onde essa maquineta ninguém consegue adulterar preço, porque tem que clicar em cima do produto, e o produto só contabiliza quantidade. Só quem mexe no preço é o administrador do sistema, e no balcão eles só conseguem comprar com as fichinhas que saem desse sistema. Aí, o que era que tava acontecendo, o garçom chegava pra o cliente, fazia a venda manual com a maquineta dele, dessa forma ele podia cobrar o preço que ele quisesse, e ele ia lá na minha maquininha, tirava a ficha como dinheiro e pegava a mercadoria no balcão e vendia pro cliente. Só que posteriormente às festas, as reclamações chegavam, dos preços, e não batia com a nossa tabela, porque o garçom ele é autorizado a cobrar 10% do serviço dele, do que ele coloca na mesa, e aí começou essa confusão toda”, explica a gestora.
A gestora finaliza dizendo que não realiza contrato com garçom, mas com o chefe do garçom, e que nunca cobrou taxa para que eles pudessem trabalhar.
“Eles aí alegam a cobrança da taxa da maquineta, que a maquineta é alugada, existe um custo por trás dela; alegam a cobrança de uma taxa pra trabalhar, pra mim eles nunca pagaram. Foi como eu disse a eles, se vocês tem um chefe e esse chefe cobra pra vocês, pra que vocês trabalhem, aí vocês têm que ir pra ele, porque eu não tenho contrato com nenhum garçom. Eu contrato o chefe do garçom, e o chefe indica os garçons. E essa prática ela ocorre em todo canto, não é só aqui não.
Eu não cobro nada, pelo contrário, sempre fui contra. E assim, se juntou essa revolta porque eu agora vim pra cima disso, pra acabar com essa máfia de adulterar preço. Já conversei com os produtores de festas, eu sei que essa polêmica aí ainda vai render um bocado, mas eu tô em paz, porque eu sei que eu não tenho feito nada de errado com eles, pelo contrário”, finaliza.
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