A região do Semiárido Baiano tem vivido um crescimento significativo na produção de peixes, impulsionado pela atividade da piscicultura. Em virtude do esforço conjunto de associações, cooperativas e com o apoio estratégico do Governo do Estado, que investiu mais de R$ 3,4 milhões por meio do projeto Pró-semiárido e do Programa Bahia Produtiva, a produção de peixes se tornou importante fonte de renda e desenvolvimento para as comunidades locais.
Até o final de 2024, a previsão de produção é de 162,5 toneladas de tilápia, distribuídas entre os municípios atendidos pelo programa. Destes, Itiúba lidera com 44,29%, seguida por Curaçá com 36,91%, Sobradinho com 12,07% e Capim Grosso com 6,74%. O volume representa um montante financeiro significativo, totalizando mais de R$ 2,1 milhões em vendas.
Nas águas dos rios São Francisco, Itapicuru e Jacurici, há uma variedade de espécies encontradas: tambaqui, dourado, curimatã e tucunaré, este último pescado artesanalmente. No entanto, é a tilápia que se destaca como a espécie mais importante para a economia local, representando quase 100% do pescado comercializado entre os municípios da região.
Semana Santa
A piscicultura não só contribui para a economia local, mas também desempenha um papel importante na preservação das tradições culturais e sociais. Os membros das comunidades ribeirinhas encontram na atividade da pesca uma conexão com suas raízes e crenças, especialmente durante momentos como a Semana Santa.
A Cooperativa de Produção e Comercialização dos Derivados de Peixes de Sobradinho (Coopes) é uma das que mais comercializa no período. Segundo Josiane Araújo, engenheira de pesca do projeto Pró-Semiárido, mais de 300 empregos informais são gerados. "Antes dos investimentos, a cooperativa só vendia nas FEBAFES em Salvador. Depois dos investimentos do Governo do Estado da Bahia, a cooperativa comercializa com prefeituras, com restaurantes, pequenos supermercados de Sobradinho e com os consumidores finais de Sobradinho e região".
O projeto Pró-Semiárido e o programa Bahia Produtiva são executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural, e contam com a parceria do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e do Banco Mundial, respectivamente.
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