O consumo de energia no Brasil aumentou 5,7% em fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgados nesta quarta-feira (27).
De acordo com a CCEE, o crescimento no consumo está diretamente relacionado ao calor. As altas temperaturas no mês de fevereiro elevaram o uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado.
Além disso, a melhor performance de alguns setores da economia também contribuiu com o aumento. No período, os setores de bebidas, comércio e madeira, papel e celulose registraram as maiores taxas de crescimento no consumo de eletricidade, por conta da alta na produção.
No caso do comércio, segundo a CCEE, o calor também influenciou a alta no consumo, com o uso mais intenso de equipamentos de refrigeração em shoppings, hiper e supermercados, por exemplo.
A entrada de mais empresas no mercado livre de energia é outro fator. Desde 1º de janeiro, empresas com contas de luz por volta de R$ 10 mil podem negociar os seus contratos com fornecedores no mercado livre, sem a obrigação de comprar da distribuidora local.
De acordo com os dados da CCEE, do total de 73,5 mil megawatts médios (MWm) consumidos no mês, 63,4% vieram do mercado regulado – ou seja, daqueles que são obrigados a comprar da distribuidora local, como os consumidores residenciais. Os outros 36,6% vieram do mercado livre.
Segundo a CCEE, quase todos os estados conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) tiveram aumento de consumo no mês, exceto Bahia (redução de 1%) e o Distrito Federal (redução de 2,8%).
Já os estados com maior crescimento de consumo foram: Amazonas (28,4%), Acre (16,9%) e Mato Grosso do Sul (14,4%).
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