"Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista". A conhecida frase da filósofa Angela Davis é incisiva e provoca reflexão sobre o combate ao racismo estrutural. Pensando nisso, a Prefeitura de Juazeiro, através do Procon, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes), lançou e distribuiu no Centro de Juazeiro, nesta quinta-feira (14), a cartilha cartilha "Entrelaçando consciências para um mercado antirracista" com orientações aos consumidores e fornecedores sobre o tema. A cartilha tem o objetivo de combater o racismo velado nas relações de consumo, aquele em que o consumidor é discriminado de forma sutil, como ser seguido em um estabelecimento comercial apenas por causa da cor de sua pele.
"Este é um material importante para conscientizar a população sobre o racismo estrutural que existe na sociedade e que se manifesta também nas relações de consumo. Este é mais um avanço da Gestão Suzana Ramos na luta contra a discriminação racial, agora direcionada ao comércio. O objetivo desta cartilha do Procon é proteger o consumidor, enfrentando, especialmente, o racismo velado, onde os clientes são vigiados em estabelecimentos apenas por causa da cor da sua pele", destacou o coordenador do Procon Carlos Macêdo.
De acordo com a superintendente do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Laíse Macedo, a cartilha traz informações importantes e compreensão de termos e conceitos que às vezes a população não tem conhecimento. "Conceitos como etnia, preconceito racial, discriminação racial ou étnico-racial, discriminação de cor, desigualdade racial, desigualdade de gênero e raça, população negra, racismo, tipos de racismo, racismo institucional, racismo e várias outras informações. De como a pessoa pode proceder. Que está sendo vítima de racismo e que seus direitos estão sendo violados", explicou Laise.
Para a professora Marileide Ramos Moreira de Souza, de 75 anos, que está em Juazeiro a passeio, essa ação é importante porque conscientiza as pessoas sobre o tema. "Achei a cartilha muito importante. É um material educativo que todos deveriam ler. O racismo é um problema sério que precisa ser combatido e essa iniciativa é um passo importante nesse sentido", disse Marileide.
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