Quase 30 anos após o país adotar a reeleição, o mecanismo que permite que presidente da República, prefeitos e governadores possam disputar um segundo mandato consecutivo volta a ser colocado na agenda política nacional.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso, disse que o fim da reeleição para cargos executivos é uma prioridade do Senado para 2024. No fim do ano passado, Pacheco afirmou que este era um "desejo muito forte dos senadores".
Na avaliação do cientista político Fernando Abrucio, professor da FGV-SP, entre outros pontos, um dos intuitos do senador mineiro é "dar uma piscadela para opinião pública".
"Esse assunto de acabar com a reeleição é um assunto que, no senso comum, da opinião pública, tem bastante apoio", disse Abrucio em entrevista ao podcast O Assunto desta segunda-feira (4).
"Segundo: eu acho que também é uma piscadela do Rodrigo Pacheco para os independentes no Senado. Tanto Arthur Lira, quanto o Rodrigo Pacheco, de tempos em tempos, precisam do apoio de gente que não seja da sua base própria para ganhar eleição. E, agora, estão preocupados em eleger seu sucessores."
Abrucio vê, ainda, uma terceira razão. "Todo esse processo, quando há essas discussões mais controversas no fundo, elas levam a um um debate de negociação junto com o poder executivo."
A tarefa de destravar as discussões coube ao senador Marcelo Castro (MDB-PI), sobretudo em torno do novo Código Eleitoral, que aguarda votação desde 2021. Em reunião com líderes na última quinta-feira (29), Castro fez a apresentação de uma prévia do seu parecer sobre o projeto que reformula o Código Eleitoral
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