Eliete Carvalho Nascimento acusa negligência no Hospital Materno Infantil de Juazeiro, Bahia.
De acordo com audio enviado ela conta que "a filha morreu devido a falta de maiores cuidados".
"No dia 14 de fevereiro dei entrada na maternidade. Sem forças e contrações pedi soro e ou um corte para ter minha filha. A enfermeira disse que fizesse força e colocasse a menina pra fora; A enfermeira disse que eu estava com fome, não tinha comido nada e por isto não tinha força. Você vai parir desse jeito. Disse para eu comer minguai e trouxe. Eu não tinha forças", conta Elieta, ressaltando que "já estava em trabalho de parto e a menina "já coroava indo e vindo".
Eliete revela que ao nascer a menina "chorou fraquinho e respiração ofegante. Falei que a menina não estava bem".
No dia 15 de fevereiro de acordo com Elieta, recebeu alta: "fizeram exames e falarama que estava tudo normal"
No dia 16 a menina faleceu: "por volta das 10hs levamos de volta ao Hospital Materno Infantil. Fizeram primeiros socorros. Disseram que ela precisava ser transferida para uma UTI. Mas não conseguiram e ela morreu. Ali na maternidade é um açougue, morre criança. Não tem remédio e quando tem é contado. Não tem nada", diz Elieta.
"Quando a criança morreu vieram me tratar bem. Morre muitas crianças lá", finaliza Eliete pedindo providências para as autoridades.
A REDEGN enviou solicitação de nota informações sobre as denuncias para a assessoria da Prefeitura de Juazeiro que respondeu com a seguinte nota:
A Secretaria de Saúde de Juazeiro (Sesau) lamenta e se solidariza com a dor dos familiares, mas é preciso esclarecer que os pais trouxeram o bebê até a Maternidade Municipal, no dia 16 de fevereiro, apresentando problemas respiratórios. Apesar da Maternidade não ser uma unidade com perfil de atendimento para emergências pediátricas, já que se trata de uma maternidade para atendimentos de baixa complexidade, a equipe prestou os primeiros socorros.
Após a estabilização do quadro de saúde, o paciente foi incluído no sistema de regulação para que fosse encaminhado para uma unidade hospitalar de referência pediátrica.
A Sesau ainda destaca que o parto da criança, realizado no dia 14 de fevereiro, foi realizando por profissionais capacitados seguindo todas as determinações para realização de partos naturais estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Todo o procedimento foi realizado sem maiores intercorrências e mãe e bebê receberam alta apresentando boas condições de saúde.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.