Com pesar comunico que, aos 106 anos e oito meses, faleceu MANOEL IZIDORO, meu último tio do clã Oliveira da Costa".
Pelas redes sociais o engenheiro agronomo, Roberto Vital Oliveira da Costa, infomou o falecimento do ex combatente da guerra, Manoel Izidoro da Costa.
"Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia".
A frase do escritor João Guimarães Rosa é uma das traduções, revelação da longa trajetória de Manoel Izidoro Costa de Oliveira. A história de Manoel Izidoro teve início em 15 de junho de 1917, nos sertões da Paraíba, Brejo de Areia, onde residiu no Sítio Carrapato.
Manoel Izidoro era tio avô do jornalista colaborador da REDEGN, Ney Vital.Nascido em 1917, o idoso presenciou grandes momentos da história da humanidade, desde as grandes guerras até a pandemia de Covid-19.
A memória conta que no sítio Carrapato ajudou o pai João Izidoro e a mãe Severina Cristina a cultivar café. Em Alagoa Grande, Paraíba, terra do Rei do Ritmo, Jackson do Pandeiro, exerceu a função de torneiro mecânico. Solidário ensinou a diversas pessoas a "arte" da atividade. A maioria dos aprendizes divulgam a gratidão pelo mestre Manoel Izidoro. Regista-se que muitos se tornaram empresários, donos de oficinas garantindo geração de emprego e renda.
Na palma das mãos e alma venceu muitas turbulências e foi até combatente em 1945, na Segunda Guerra Mundial, um dos acontecimentos de maior impacto da história da humanidade. Manoel viveu todos os grandes acontecimentos que marcaram os últimos 100 anos locais e da humanidade.
Seu Manoel afirmava que a vidá era bela, nas suas cores, sons, cheiros e amores. Os momentos devem ser a poesia da simplicidade, entrelaçada com a complexidade singela da natureza e a matéria-prima do homem, que encontra, no chão da terra, o êxtase da sua plenitude, extraída do “amanhecer do rio” e do “conversar com as águas”.
"Para viver mais de um século? Não há formulas ou mistérios. Viver é deixar viver. Viver é coragem vencida a cada segundo", afirmava.
Manoel Izidoro morava na capital da Paraíba, João Pessoa. Na trajetória entrelaçada e que superou um século, ele dividia o tempo lembrando histórias. São 12 filhas, 01 filho, 27 netos, 35 bisnetos e 13 tataranetos.
A estilista Paula Oliveira, uma das filhas conta que ele era apreciador de um bom uísque e de uma dose de cachaça, um bom charuto, sempre com muita moderação e o gosto pela prosa, o dom de conversar. "Era o nosso amor maior. Sua história por aqui foi linda e tranquila. Uma vida digna de um verdadeiro homem do bem e da paz. Valeu papai., finalizou Paula.
ANIVERSÁRIO 106 ANOS: Com um café da manhã, a família de Manoel Isidoro de Oliveira para comemorar seus 106 anos. Nascido em 1917, o idoso presenciou grandes momentos da história da humanidade, desde as grandes guerras até a pandemia de Covid-19. Segundo a família, apesar da longa idade, ele estava com a saúde praticamente intacta.
O idoso passou boa parte de sua vida no município de Alagoa Grande, localizada há 110,1 km de João Pessoa, Paraíba. Porém, a família consultou o idoso sobre a possibilidade se vir morar em João Pessoa e ele aceitou.
De acordo com sua neta, Larissa Oliveira, o idoso trabalhava como torneiro mecânico, era militar reformado e teria sido combatente da Segunda Guerra Mundial.
Algumas de suas filhas, netas e bisnetas se reuniram em uma comemoração simples, porque ele recentemente começou a ficar mais debilitado. E é assim mesmo que seu Manoel quer comemorar seus 106 anos de vida, pertinho da família. "Principalmente hoje. O que eu mais preciso, não preciso de conforto. Mas tenho o prazer de apresentar a minha família", disse à reportagem da TV Cabo Branco.
Larissa Oliveira defende que é um privilégio ter ele com tanta idade e que toda família se alegra. "Todo ano a gente comemora e pensa: Meu Deus, será que vamos viver tanto tempo como ele?”, afirma. O restante da família compartilha o sentimento. A filha do idoso, Rúbia Oliveira, explica que é muito gratificante cuidar do pai e se emociona ao dizer que tem medo de o perder. Ela é a caçula e afirma que sempre foi muito próxima do pai, sempre muito mimada e nunca recebeu uma reclamação.
A bisneta Ana Lara, de 9 anos, reclama que os amigos e a professora não acreditam quando ela conta que o avô tem 106 anos. Ela até mostra a foto dele, que foi tirada no aniversário de 100 anos de Manoel, e por isso todo mundo acha que não é verdade.
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