O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, recebeu presidentes de federações em encontro que serviu para lavar roupa suja do clima eleitoral das últimas semanas.
Destituído por quase um mês da cadeira da presidência, Ednaldo voltou na semana passada graças a uma liminar do STF, prometeu “mais diálogo” e ouviu dirigentes em reunião que durou quase quatro horas.
– Foi mais lavagem de roupa suja. (Mas) pacificou – disse o presidente de uma federação estadual ao sair da CBF.
As federações estavam divididas entre Reinaldo Carneiro Bastos, que se colocou como pré-candidato de um lado, e Gustavo Feijó como representante da federação do Alagoas, que é presidida pelo seu filho Felipe, e também um dos aliados de Flávio Zveiter, outro pré-candidato a presidente da CBF.
Nesta terça-feira, haverá outra reunião com a presença de clubes da Séries A e B, com presidentes de federações envolvidas nas duas divisões do futebol brasileiro.
–Com amor se tem amor. Com espinho se tem espinho -–disse Feijó, que representou o filho, presidente de licença da federação alagoana.
Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, que chegou a se apresentar como candidato e lançou até um manifesto sobre isso, tratou de virar a página e "olhar para frente".
–Encerramos o processo eleitoral. Não existe mais. É assunto do passado. As 27 federações contribuem para o futebol, com mudanças, com novos métodos. Foi uma conversa muito franca, muito legal, serviu para a gente começar a olhar de hoje para a frente. Foi produtiva – disse Carneiro Bastos.
O dirigente paulista também disse que Ednaldo se comprometeu a ter mais diálogo com as federações estaduais.
– Ele abriu a reunião dizendo que precisa, que vai ter diálogo mais constante com todos. E isso já foi percebido pelas federações. Eu disse a eles: eu não participei de uma guerra. Era um processo eleitoral. Sou muito grato às federações que estavam comigo, mas estou grato por não ter nenhuma desavença com nenhum. E eu disse a eles: a partir de hoje, somos 27 - afirmou o dirigente paulista.
Mais cedo, Ednaldo recebeu apoio de representantes da FIFA e da Conmebol, que respaldaram o seu retorno à presidência. Na conversa com dirigentes de federações, o presidente da CBF prometeu centralizar menos decisões e ouvir mais as federações.
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