Duas em cada três pessoas que não completaram o esquema vacinal na Bahia acreditam em pelo menos uma mentira sobre o imunizante contra a covid-19. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela Pfizer.
De acordo com o estudo, 78% dos que acreditam em fake news deixaram as informações falsas impactarem na decisão de não se imunizar. É a maior taxa entre os seis estados que participaram da pesquisa.
A mentira sobre os imunizantes que os baianos mais acreditam é a ideia de que as vacinas contra a covid-19 seriam experimentais (31%). Na realidade, todas as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram devidamente testadas. A fake news de que as vacinas provocariam casos graves de miocardite, trombose, fibromialgia e alzheimer aparece em segundo lugar (19%).
Em contrapartida, 26% dos respondentes da pesquisa, embora tenham abandonado a imunização contra a Covid-19, não acreditam em nenhuma das fake news investigadas pelo levantamento.As informações fazem parte da pesquisa ‘Covid-19 hoje: por que a população não vacinada ainda hesita em se proteger?’, realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a pedido da farmacêutica Pfizer.
O Correio foi convidado para participar da divulgação dos dados que aconteceu na quinta-feira (7), em São Paulo. A pesquisa busca compreender os fatores que motivaram o comportamento dos brasileiros que não completaram o esquema de vacinação contra a covid-19 ao longo da pandemia. Apenas pessoas que não completaram o esquema vacinal foram entrevistadas.
A Bahia é o estado em que mais pessoas dizem que a decisão de não se vacinar foi influenciada por fake news. O Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar e tem taxa de 76%. Já a média nacional ficou em 70%. Foram ouvidas 144 pessoas em Salvador e na Região Metropolitana entre os dias 27 de setembro e 14 de outubro.
“Apesar de todo o esforço feito durante e após a pandemia, 34% dos brasileiros ainda acreditam que as vacinas contra a covid-19 são experimentais e não passaram por todos os testes. Eles não entendem que, para uma vacina ser aprovada no país, precisa passar por todas as fases de pesquisa clínica”, disse Adriana Polycarpo Ribeiro, diretora médica da Pfizer no Brasil.
Saiba quais são as mentiras mais comuns: a ideia de que as vacinas contra a Covid-19 seriam experimentais (31%); a percepção de que esses imunizantes provocariam casos graves de miocardite, trombose, fibromialgia e Alzheimer (19%); a suposição de que o surgimento de novas variantes da Covid-19 comprovaria a ineficácia das vacinas (11%); mito de que esses imunizantes seriam mais perigosos do que o próprio vírus (11%).
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