Depois de um período com tendência de crescimento de casos de Covid-19, entre 17 de setembro e 4 de novembro, o Brasil apresentou queda de casos pela segunda semana consecutiva.
Entre os dias 12 e 18 deste mês, foram registrados 26.496 casos novos, número menor do que os 27.921 casos na semana anterior e do que os 44.412 casos entre os dias 29 de outubro e 4 de novembro.
Apesar da diminuição no cenário nacional, sete estados registraram aumento de casos na última semana em comparação com o período entre 5 e 11 de novembro: seis na região Nordeste (Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Paraíba e Sergipe) e um na região Norte (Rondônia).
Os dados são do Informe de Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde, que foi reformulado a partir da edição lançada nesta quinta-feira (23), e que será divulgado semanalmente. A publicação atualiza e analisa as informações de casos e de óbitos por Covid-19, influenza e de outros vírus respiratórios que apresentam fatores de risco para a saúde pública.
A atualização aponta ainda que as Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) continuam impactando mais os extremos das faixas etárias analisadas. O impacto mais elevado de casos é nas crianças até dois anos de idade, já em termos de mortalidade faixa da população mais impactada é a de idosos a partir de 65 anos.
Os dados demonstram que a pandemia de Covid-19 ainda não acabou e que a doença continua causando a perda de muitas vidas na população brasileira. Somente entre os dias 8 de outubro e 4 de novembro, 615 mortes pela doença foram confirmadas por exames laboratoriais em todo o país.
Por isso, o Ministério da Saúde segue recomendando a vacinação como a melhor forma de prevenção contra formas graves da doença, especialmente para populações mais vulneráveis, como idosos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos. As unidades básicas de saúde do país estão abastecidas com vacinas para todas as faixas de públicos.
Na nova edição do INFOGripe, iniciativa que avalia níveis de tendência e alerta para os casos reportados de SRAG, realizado pela Fiocruz em parceria com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), observou-se, entre 12 e 18 de novembro, uma redução na notificação dos casos no cenário nacional na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade nas análises de curto prazo (últimas três semanas). As análises do INFOGripe também indicam queda de casos de Covid-19 e uma desaceleração no ritmo de crescimento de casos positivos em estados da região Sul.
As análises indicam crescimento na tendência de longo prazo em oito unidades federadas do país, sendo: Alagoas (AL), Amazonas (AM), Amapá (AP), Maranhão MA), Minas Gerais (MG), Pernambuco (PE), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC). Em MG, RS, BA e SC o crescimento foi verificado nas faixas etárias da população adulta, decorrente da Covid-19.
No RJ e SP se mantém o sinal de queda nos casos de SRAG por Covid-19. E no AM, AP e MA o crescimento é lento e concentrado em crianças. Em PE se observa sinal de pequeno aumento tanto em crianças quanto em idosos, embora em estágio inicial e que ainda pode estar associado à oscilação.
Desde o fim da emergência, decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2.
O Ministério da Saúde monitora e avalia permanentemente as evidências científicas mais atuais em nível internacional, assim como o cenário epidemiológico da Covid-19 no Brasil e no mundo, incluindo informações recentes sobre novas subvariantes, para definir as recomendações e ações necessárias no território nacional.
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