Os movimentos de bastidores da política em Juazeiro, nos últimos dias, vão deixando alguns sinais e apontam um afunilamento nos nomes que pretendem disputar, com Suzana Ramos, a vaga de gestor do município a partir do ano que vem.
O primeiro deles é que, por enquanto, somente Suzana Ramos (PSDB) tem o nome assegurado como candidata a reeleição e fica evidente a tentativa de manter as bases que a elegeram em 2020.
Primeiro Suzana tornou pública a reaproximação com o vice-prefeito Leonardo Bandeira (PSB), que vinha fazendo movimentos junto com o grupo oposicionista e em alguns momentos teve nome citado como um possível candidato a prefeito, apoiado pelo pai, Joseph Bandeira.
O retorno de Leonardo ao convívio harmonioso com a prefeita Suzana Ramos, com algumas indicações no primeiro escalão, provocou uma insatisfação do pai, Joseph Bandeira, publicamente. Se não for o escolhido de Jerônimo, que deu prazo até 15 de dezembro para um entendimento local entre os pré-candidatos da sua base, ninguém crava qual seria seu caminho. Sai avulso pelo PSB, volta aos braços de Suzana, onde o filho já está ou apoia um candidato da Federação partidária que reúne PT, PCdoB e PV?
Joseph poderia ser o próprio candidato de Jerônimo, em Juazeiro, usando como argumento sua musculatura política e densidade nas pesquisas, diante dos novatos. Quem joga terra na ideia, dentro do mesmo campo político, usa argumentos de que a pesquisa que o coloca à frente de alguns é a mesma em que lidera no quesito rejeição.
Na Federação partidária que reúne PT, PV e PCdoB, os sinais são mais claros ainda: o PT aponta que terá candidato a prefeito, está filiando quem se habilita à vaga, tem pelo menos quatro nomes para oferecer ao governador, incluindo o de Isaac Carvalho, que luta para provar que pode ser candidato. Para Isaac Carvalho o fogo amigo agora está dentro da própria legenda, com muitos pretendentes ao cargo filiados, torcendo pelo infortúnio do ex-prefeito para ocupar a vaga que seria dele na disputa. Em tese, Isaac agora dorme com o inimigo.
PV e PCdoB, que oferecem os nomes dos deputados Roberto Carlos e Zó como pré-candidatos, pelo desenho, dificilmente vencem o corporativismo petista, que tem candidatos com os mais variados perfis para não perder a briga na federação, sem contar que a legenda tem o pedigree de quem governa a Bahia e o Brasil. Além de Isaac Carvalho, que teria a preferência em função de uma memória política que lhe garante uma vantagem em eventual pesquisa, o PT tem na sua relação de pretendentes os advogados Tom Zé e Márcio Jandir, o empresário e engenheiro civil, Edson Tanuri, o vereador Alex Tanuri e o ex- vereador Tiano, que é o mais petista de todos e também sonha com a vaga, usando o tempo de casa como argumento.
Na base do governador Jerônimo, outros tabém correm por fora, marcando espaço e buscando popularidade para aparecer numa eventual pesquisa eleitoral: Andrey da Caixa (MDB); Ribeiro da Hidroforte (Sem partido) Coronel Anselmo Brandão (Avante), todos buscando o aval do governador, embora saibam que a distancia é maior.
O Coronel Anselmo Brandão (União Brasil), terceiro colocado na última eleição para prefeito de Juazeiro, busca uma posição mais ao centro para tentar ampliar seus votos, subir de posição e se possível no pódio.
Suzana, com a máquina na mão, faz movimentos de aproximação do governador e torce para que o número de concorrentes aumente.
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