A falta de saneamento básico, além de representar risco à saúde humana, prejudica o meio ambiente, uma vez que os dejetos, muitas vezes, são descartados no solo ou em corpos hídricos.
Pensando em atenuar essa problemática em municípios pernambucanos, a Codevasf está investindo cerca de R$ 3 milhões para instalação de 234 módulos sanitários rurais.
Os municípios a serem atendidos são: Itapetim, Sertânia, Altinho, Pesqueira, Jucati e Parnamirim. A indicação das famílias beneficiadas é feita pelas prefeituras dos municípios atendidos, por meio das secretarias de saúde e secretarias de assistência social.
Para a instalação desses equipamentos, a Companhia levou em consideração o déficit relativo rural de banheiros – maior que 30% nessas regiões –, além do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – menor que 0,699 nas localidades atendidas. A expectativa é de que os módulos sanitários sejam entregues até o primeiro trimestre de 2024.
Benefício social
O saneamento básico está diretamente relacionado à saúde e ao bem-estar da população. A entrega dos módulos sanitários deve suprir essa necessidade em municípios sem acesso a esgotamento sanitário.
“Além de dignidade, a população da zona rural terá acesso a um banheiro de qualidade. Essa não é apenas uma ação que beneficia o ambiente residencial das pessoas, mas que visa, também, a melhorar a saúde coletiva das famílias”, avalia o superintendente regional da Codevasf em Petrolina (PE), Edilazio Wanderley.
Cada módulo sanitário, com valor de aproximadamente R$ 13 mil, é instalado na área externa da casa, num local onde haja maior incidência solar. Os dejetos ficam armazenados num compartimento fechado com uma tampa de acrílico. A temperatura nesse dispositivo pode chegar aos 70º, evacuando o odor por meio de uma canaleta e desintegrando praticamente as fezes, que, uma vez tratadas, devem ser aterradas no solo sem que haja prejuízo ao meio ambiente.
“Com acesso a esses módulos, o saneamento é realizado de maneira correta, evitando que famílias fiquem sem qualquer tipo de coleta, de esgotamento sanitário. Temos muita satisfação em poder realizar essa ação em conjunto com os municípios, identificando as localidades que possuam essa deficiência”, reforça o superintendente regional da Codevasf.
Como parte dessa iniciativa, as famílias receberão um treinamento de como fazer a limpeza do compartimento. A higienização pode ser feita a cada quatro ou seis meses, dependendo do número de moradores da residência.
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