Segundo o novo estudo da OPEE Educação, a maioria dos educadores brasileiros acredita que as consequências da tecnologia no progresso de crianças e adolescentes são mais negativas (67%) do que positivas (33%)
O Dia Mundial de Combate ao Bullying, em 20 de outubro, tem um caráter de alerta. A data é fundamental para conscientizar e prevenir essa forma de intimidação sistemática presente, principalmente, entre os jovens em idade escolar.
Conforme definido pela Lei nº 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, bullying é "todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas".
De acordo o Estudo OPEE 2023 com educadores brasileiros: educando na era digital, para 80,87% dos educadores, o bullying e o cyberbullying são práticas favorecidas pela tecnologia. Essas ações violentas vêm ganhando amplitude no país, como mostra o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que um em cada dez estudantes sofre com o cyberbullying, marcado por ofensas praticadas pela internet.
"Educação em tempos digitais não é sobre vigiar, punir ou controlar, apenas. Educar nestes tempos é sobre cuidar, amar e proteger nossas crianças e jovens para que, a partir de relações humanas saudáveis e equilibradas, cresçam de forma integral e integrada", afirma Silvana Pepe, diretora-geral da OPEE Educação.
A pesquisa revela, de forma ampla, que os educadores consideram que os impactos da tecnologia no desenvolvimento do comportamento infantil e juvenil são mais negativos (67%) do que positivos (33%). Dentre as grandes consequências desfavoráveis, estão a redução da interação e da convivência entre os pares (30,20%) e a dificuldade de concentração e foco (29,86%). Já os impactos positivos de destaque são a facilitação do aprendizado (44,68%) e o melhor rendimento escolar (22,70%).
Além disso, um item relevante apontado no estudo é a percepção de que, para 97,02% dos respondentes educadores, as crianças e adolescentes usam tecnologia de forma excessiva e sem acompanhamento familiar.
Em sua segunda edição, o estudo, realizado em setembro deste ano com educadores de escolas públicas e privadas, foi desenvolvido pela OPEE Educação e executado pela Mercare! Educação, com o objetivo de diagnosticar o cenário pedagógico e escolar brasileiro nos últimos 12 meses sobre essa temática.
A pesquisa, que contou com 1.746 respondentes – mais de 50% professores – de todas as regiões do país, apresenta um conteúdo expressivo sobre a percepção dos educadores em relação à era digital e como a tecnologia pode impactar na formação e no desenvolvimento dos comportamentos infantil e juvenil.
OPEE Educação
A OPEE Educação trabalha com projetos educacionais que abrangem toda a Educação Básica, Organizações Não-Governamentais e ambientes corporativos. O foco principal da instituição é contribuir para a construção de projetos de vida sustentáveis e colaborativos e da atitude empreendedora por meio de três linhas de atuação: Metodologia OPEE, formada por coleções de livros que vão desde a Educação Infantil até o Ensino Médio; Educa OPEE, com foco em cursos EAD para democratizar o processo de aprendizagem; e Escola Para Pais, com conteúdos digitais que visam orientar e trazer reflexões para as famílias no que se refere à educação de crianças e adolescentes.
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