Quem ainda acreditava numa unidade no grupo que comanda Sobradinho há pelo menos 16 anos, com 4 eleições municipais no período, já não tem dúvidas de que está sacramentada uma divisão entre o grupo Berti e o atual prefeito, Cleivynho Sampaio, indicado pelo ex-prefeito Luiz Vicente em 2020 para a disputa naquele ano.
Os bastidores apontavam há algum tempo que já havia um certo estremecimento nas relações, com boatos de que uma parte, no caso os Berti, reclamavam de “ingratidão”, e a outra, de “intromissão indevida” na gestão.
Uma leva de demissões, incluindo, nomes do primeiro escalão, com sobrenome Berti ou de relações próximas, apimentou os boatos de rompimento entre a “cria” e o “criador”, como costuma-se falar nos bastidores políticos locais.
O acirramento das discussões, que começou nas redes sociais, ganhou as ruas já não deixam dúvidas de que não há volta.
A briga promete e a tem tudo para polarizar opiniões na terra da barragem, não restando muita chance para outras possíveis candidaturas vingarem, a exemplo de Tiziu (PT); Cláudio Montrel (PDT) e Júnior Foguetão (Solidariedade), candidatos na eleição de 2020.
Não bastasse todo burburinho que esse rompimento já provoca nos bastidores da política local, mais um fator complicador: os dois pré-candidatos, Cleivynho e Luiz Vicente, estão filiados ao mesmo partido, o PSD, o que de cara já elimina um.
Não bastasse isso, mais um ingrediente digno de nota: o presidente local do PSD é Luiz Berti, pai do ex-prefeito, Vicente, e a esposa do atual prefeito e candidato à reeleição, Cleivynho, é a vice.
No quesito partidário vai ter briga no andar de cima também. Sem dúvidas.
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