Segue repercutindo na região e fora dela, a morte de dois trabalhadores rurais da Fazendo Special Fruit, em Juazeiro-Ba, sob suspeita de um possível envenenamento, principal linha de investigação da Polícia Civil.
A possibilidade de envenenamento foi aventada após depoimentos colhidos pela Polícia entre testemunhas e familiares de Marcos Vinícius Barbosa dos Santos, de 45 anos, que morreu no último sábado (7) e Igor Jonatas dos Santos Silva, de 26 anos, que foi a óbito, um dia antes, na sexta-feira (6).
As investigações apontaram que os dois passaram mal após dividirem alimento contido numa marmita levada por Igor para o trabalho. Na linha de investigação, de acordo com o Delegado Flávio André, da delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), surgiu a informação de um desentendimento entre Igor e um outro funcionário da empresa, após uma aposta mal resolvida, que poderia ter resultado numa possível vingança com envenenamento da comida.
Em entrevista à redeGN o delegado disse que o suspeito foi ouvido, confessou que houve o episódio da aposta, mas que tudo ficou resolvido, evidenciando ainda que até o momento não é possível ligar essa linha de investigação com o incidente, já que as oitivas até o momento indicam que não houve nenhum contato entre as vítimas e o acusado no dia do ocorrido. O suspeito foi liberado após o interrogatório.
“Na sexta-feira esse rapaz não teve nenhum contato com os dois, moram em locais diferentes, um mora na zona rural, Igor morava em Juazeiro, na sede, foram para a empresa em transportes diferentes, almoçaram em locais diferentes e não tiveram contato com as duas vítimas”, apontaram as investigações preliminares coordenadas pelo Dr,. Flávio André.
A Polícia Civil encaminhou material recolhido, marmita com restos de alimentos e material de necropsia para laboratório, em Salvador, e aguarda esses laudos para avançar nas investigações: "O material que estava na marmita de um deles, com um resto de comida, foi encaminhado para perícia pra ver se descobre realmente qual a substancia que pode ter causado a morte deles. A gente está guardando os laudos, tanto da necropsia, quanto da comida e buscando mais testemunhas que possam dar uma dinâmica dessa alimentação, como saiu da casa, até o local do ocorrido”, informou.
Por enquanto a Polícia já levantou que era costume das duas vítimas dividirem alimentação no trabalho e que Igor levava sua marmita dentro da mochila, “sem que ninguém tivesse contato com ela”, apuraram.
De acordo com o Delegado Dr. Flávio André, o prazo para que os laudos retornem de Salvador é de 30 dias, mas que esforços estão sendo feitos para que esse prazo diminua e a perícia no material seja antecipada.
Familiares dos dois trabalhadores mortos e já sepultados cobram Justiça para o caso.
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