Não há grandes novidades na Laudate Deum. Ela apenas atualiza a Laudato Si'.
Ela apenas aprofunda a crítica ao paradigma da tecnociência (LD 2 / 21), em razão de que a emissão de CO2 na atmosfera tem aumentado constantemente, mesmo com todas as inovações tecnológicas, como a captura de carbono e com a intensificação das energias solar e eólica (LD 5)
O Papa não camufla a situação grave do planeta, da humanidade e de outras formas de vida. Faz uma leitura correta dos fatos e dos desafios para a humanidade, inclusive das realidades já irreversíveis (LD 6 / 15 /16 / 17))
Faz uma crítica severa às COPs, às políticas globais, mesmo reconhecendo que uma ou outra trouxe uma boa contribuição, mas que elas têm fracassado no objetivo principal de reverter, ou mesmo conter, o aquecimento global (LD 44 / 52)
Por isso, mesmo re-forçando o empenho pessoal em novas práticas ecológicas, acentua que depende das políticas nacionais e globais uma possível amenização das consequência trágicas do Aquecimento Global (LD 59)
Mesmo assim, desafia os cristãos, as religiões, as pessoas de boa vontade a se empenharem no que é possível aqui e agora (LD 61)
Comento esse texto no dia de São Francisco, aqui às margens do Rio São Francisco, no dia que começa o Sínodo sobre Sinodalidade em Roma, quando as manchetes dos meios de comunicação falam da seca do maior rio do mundo, o Amazonas, da morte de seus peixes, de seus botos, do sofrimento da população amazônida que não está encontrando água potável para beber.
Que a Mãe Terra seja mais generosa para conosco do que nós somos para com ela.
Com as bençãos de São Francisco.
Roberto Malvezzi (Gogó)
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