O Hospital Regional Juazeiro (HRJ), unidade administrada pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) em Juazeiro, realizou sua segunda captação de órgãos, neste mês de setembro.
O procedimento foi possível, após a família de uma paciente de 37 anos, que teve o diagnóstico de morte encefálica, demostrar sensibilidade e empatia, mesmo em momento de dor, e autorizar a doação dos órgãos.
O gesto permitiu a captação do coração (para valvas), rins e fígado, beneficiando até quatro pessoas. O procedimento foi coordenado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) e realizado pela equipe da Central Estadual de Transplantes da Bahia, nas dependências do HRJ.
A segunda captação no HRJ ocorreu em pleno "Setembro Verde", mês da campanha de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, que amanhã (27) comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Entendendo a relevância da causa, o Hospital Regional de Juazeiro tem buscado diversas maneiras para intensificar a captação de órgãos no complexo hospitalar, contribuindo diretamente para o ranking de doação de órgãos no Estado da Bahia, que tem aumentado nos últimos anos. Segundo o Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), o número de doadores de múltiplos órgãos cresceu mais de 58% no período de julho a agosto de 2023, saltando de 12 para 19 doadores. Nos oito primeiros meses do ano, a Bahia contabilizou 106 doadores de múltiplos órgãos.
O segundo procedimento de captação de órgãos no HRJ foi realizada na última terça-feira (19), pelo médico da Central Estadual de Transplantes da Bahia, Ávio Brasil. O profissional ressaltou a importância da doação para salvar vidas, afirmando que "a doação de órgão é, antes de mais nada, um ato de benevolência, de amor, que possibilita que outras pessoas tenham uma nova oportunidade de vida. A gente vê muitas pessoas sofrendo, aguardando um transplante de órgão e, somente por meio da doação, é possível ajudá-las".
Para o coordenador de Emergência do HRJ e presidente da CIHDOTT, Igor Rodrigues, uma ação como essa conta com o empenho dos profissionais da unidade hospitalar e com a empatia dos familiares por aqueles que estão na fila de espera por um órgão. "A captação desses órgãos é resultado do trabalho dos integrantes da CIHDOTT, mas também de um ato de amor e solidariedade da família que, mesmo passando pelo processo de luto, consegue ressignificar a vida de alguém que está à espera de um órgão", avaliou.
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