Familiares e amigos do músico Gildevan Matias dos Santos, conhecido popularmente como Van Matias, participam nesta terça-feira (26) do julgamento do acusado de matar o artista, em junho do ano passado, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O júri, realizado no Fórum Doutor Manoel Souza Filho, começou por volta das 9h.
Viúva de Van, Wênia Trindade destaca a falta que marido faz para a família e a cultura da região. “Tem a vítima direta que é o Van, mas tem as outras vítimas que sou eu, o pai, os quatro filhos, os amigos, a música, a classe, a cultura. Ele deixou um vazio dentro da gente e é algo que não dá para superar. Perder alguém dessa forma é insuperável”, diz.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o Ministério Público (MP) indicou cinco testemunhas de defesa: dois policiais e três pessoas que presenciaram o crime. Van Matias foi morto com várias facadas. O acusado, Ismael Carlos Gomes de Souza, foi preso em flagrante.
“Tanto o Ministério Público quanto a assistente da acusação estão muito tranquilos na certeza de que o processo foi conduzido da melhor forma desde o início. Então, as provas constante aos autos elas são suficientes e apontam para um norte, quanto a certeza da autoria e materialidade delitiva. Nesse sentido, a expectativa é pela condenação do acusado”, diz o advogado da família da vítima, Brenno Marrone.
Esperando a condenação do acusado, Wênia diz que o primeiro objetivo da família é “honrar a memória do Van, porque ele foi um grande músico, contribuiu muito para a cultura dessa região, um músico excepcional, e um pai de família”.
“Ele tinha quatro filhos, era meu marido, deixou o pai dele também. Então, a gente quer justiça, que esse cara ganhe pena máxima, porque ele não merece sair. Ele precisa ficar muito tempo para pensar no que ele fez”, afirma a viúva.
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