Acordo político capitaneado por Miguel Coelho pode deixar Petrolina zerada na Alepe

19 de Sep / 2023 às 22h41 | Política

Pela primeira vez, ao longo de muitos anos, Petrolina vai zerar sua representação na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O fato, inédito ao longo de algumas décadas, se dá graças a um acordo político costurado pelo ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, com o prefeito de Recife, João Campos (PSB).

De acordo com a imprensa pernambucana o deputado estadual Antônio Coelho (União Brasil), irmão de Miguel Coelho, deve ser efetivado ainda esta semana como Secretário de Turismo e Lazer da capital pernambucana. 

Único deputado estadual com domicílio eleitoral em Petrolina eleito no ano passado, com 91.698, sendo quase 43 mil votos sufragados em sua terra natal, Antonio Coelho deve abdicar da responsabilidade outorgada pela população, de representar Petrolina e região na Alepe, em troca de um acordo de aproximação do grupo liderado por Fernando Bezerra, o pai, e Miguel, o filho, com a Frente Popular de Pernambuco, capitaneada pelo PSB, da família Campos.

A vaga de Antonio Coelho deve ser ocupada, caso se confirme sua indicação para uma secretaria municipal em Recife, por Edson de Sousa Vieira, ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe. Edson é esposo de Alessandra Vieira, candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Miguel Coelho ao governo de Pernambuco, ano passado.

A representação de Petrolina na Alepe diminuiu consideravelmente no ano passado, saindo de tres para apenas uma. Em 2018 foram eleitos Lucas Ramos, Antonio Coelho e Dulcicleide Amorim. Em 2022 apenas Antonio.

Na Câmara Federal, ano passado Petrolina manteve Fernando Filho, trocando Gonzaga Patriota, depois de quase uma dezena de mandatos, por Lucas Ramos, que ascendeu de estadual para federal e manteve o número de vagas.

A possibilidade de manutenção da vaga no senado, ocupada oito anos por Fernando Bezerra Coelho, já havia sido rifada no ano passado com o mesmo objetivo: consolidar a candidatura de Miguel Coelho a governador de Pernambuco, projeto que não se consolidou.

Da redação redeGN

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