O evento de apresentação do projeto da Travessia Urbana de Juazeiro já vinha ganhando contornos políticos há tempos, mas ganhou contornos ainda mais evidentes nesta semana de lançamento do Projeto, na Univasf, com uma luta acirrada de narrativas sobre a participação dos políticos na conquista da tão sonhada obra, que se arrasta por longos anos.
Na semana em que o anúncio da apresentação do Projeto, até então desconhecido pela população, foi divulgado, cada político, ou grupo, correu em apressar nas redes sociais e aqui mesmo na redeGN a sua participação na conquista, com o intuito de virar o “pai” ou “mãe” da obra.
Os deputados, cada um mostrando sua fatia de participação, líderes políticos sem mandato e com sonhos de voltar ao poder, e a prefeita Suzana Ramos, que não quer ficar fora do palanque da inauguração e apresenta seus feitos e caminhadas à Brasília no governo federal, ainda nos tempos de Bolsonaro.
O evento de lançamento contou inclusive com torcidas: o diretor do DNIT, Roberto Alcântara movimentou a plateia quando disse que a obra só saiu do papel graças ao atual presidente, quando surgiram efusivos aplausos e um coro de Lula-lá; a prefeita Suzana Ramos também tinha torcida organizada, que se manifestou em gritos e aplausos quando ela relatou suas andanças “para destravar as obras” .
No palco, presente nos registros fotográficos do momento histórico só quem tinha mandato: Zó, Roberto Carlos e o deputado Federal Ricardo Maia(MDB), um ilustre desconhecido na região, que ganhou assento na mesa por ser o autor da nomeação do atual Superintendente do DNIT na Bahia e os representantes da Universidade.
Sem mandados, Isaac Carvalho, Paulo Bonfim, Joseph Bandeira e outros de menor projeção eleitoral, não apareceram no cenário preparado para fotos e filmagens, no palco principal.
A novela promete muitos capítulos, principalmente pela proximidade das eleições municipais.
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