Um importante instrumento de apoio emocional e prevenção ao suicídio, o Centro de Valorização da Vida (CVV) já realizou mais de 500 mil atendimentos no primeiro semestre de 2023. O número representa um aumento de 14% em comparação com o mesmo período de 2022, mas, por outro lado, a quantidade de voluntários diminuiu 16% neste mesmo intervalo de tempo.
Em menção ao mês de campanha mundial de prevenção ao suicídio, a Agência Tatu analisou dados do CVV, que é uma associação civil sem fins lucrativos reconhecida como de Utilidade Pública Federal desde 1973, sendo uma das principais mobilizadoras do Setembro Amarelo.
No primeiro semestre de 2022, foram realizados 440.154 atendimentos pela instituição, enquanto o primeiro semestre de 2023 somou 501.904 atendimentos do CVV. O número abrange os acolhimentos realizados por telefone – através do 188 -, entre ligações atendidas e abandonadas. A média de ligações abandonadas normalmente fica abaixo dos 20%, em comparação com o volume total.
Segundo o relatório mais recente do CVV, referente ao segundo trimestre de 2023, existem 110 postos de atendimento presencial em todo o Brasil, sendo que 15 deles estão dispostos em estados do Nordeste.
Atualmente a instituição conta com 3.500 voluntários que prestam serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. Em 2022, o número de voluntários era de 4.200.
De acordo com o voluntário e vice-coordenador do posto de atendimento do CVV em Maceió, Carlos Souza, no mês de setembro a procura para se voluntariar na instituição aumenta, em função da campanha Setembro Amarelo e consequente aumento do assunto na mídia, mas a demanda de ligações ainda é grande para o número de voluntários.
“Ao longo do ano também temos muita procura [para ser voluntário], mas infelizmente ainda não é suficiente, porque a demanda de ligações é muito maior do que a nossa capacidade de atender. Por exemplo, às duas horas da manhã nós temos fila de espera, e às vezes nós chegamos a ter até 50 pessoas, 100 pessoas na fila. (…) E claro que a gente não pode desligar a ligação da outra pessoa, temos que atender da melhor forma possível no menor tempo possível. Então, a ideia é tentar ter mais voluntários para poder conseguir atender bem a essa demanda”, explica Carlos.
Quando analisados os números de ligações recebidas por 100 mil habitantes na região Nordeste em 2023, os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí são os que aparecem com os maiores números.
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