Em reunião realizada nesta quarta-feira (30), o Conselho de Ética da Câmara, presidida pelo deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), instaurou processos disciplinares contra sete parlamentares da casa.
Com a abertura dos processos, Leur realizará um sorteio, nas próximas semanas, para selecionar a lista tríplice de possíveis relatores. Após a definição dos nomes, os relatores terão até dez dias úteis para elaborar o parecer preliminar.
Os deputados que podem vir a ter seus processos apurados pelos membros do Conselho são: Abilio Brunini (PL-MT), André Fernandes (PL-CE), Dionilso Marcon (PT-RS), Glauber Braga (PSol-RJ), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Ricardo Salles (PL-SP) e Sâmia Bomfim (PSol-SP). Na sessão de hoje, o Conselho também arquivou a representação do PT contra o deputado federal José Medeiros (PL-MT).
O deputado Abilio Brunini foi alvo de representação do Psol por suposta fala transfóbica contra a deputada Erika Hilton (PSol-SP), durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro. Segundo a acusação, Brunini teria dito que a parlamentar estaria “oferecendo serviços” na comissão.
Outra representação apresentada pelo Psol denuncia o deputado Ricardo Salles (PL-SP) por violência de gênero. O partido alega que Salles, que é relator da CPI do MST, teria cometido tal violência contra a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) durante sessão da comissão. Da mesma forma, o partido também ingressou com ação contra o presidente da referida CPI, deputado Zucco (Republicanos-RS), com acusação de que fala misógina contra a deputada Sâmia em reunião da comissão.
O PT é autor de duas representações que foram instauradas na reunião desta quarta. Uma delas é contra o deputado federal André Fernandes (PL-CE). O partido argumenta que o parlamentar teve “postura racista e discriminatória” durante debate sobre a reforma tributária. O partido também representou contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que avançou sobre o seu colega Dionilso Marcon (PT-RS) e quase o agrediu em reunião da Comissão de Trabalho.
O deputado Eduardo Bolsonaro está presente em outra representação que se tornou um processo aberto na Comissão, mas desta vez como ofendido. O partido do deputado, o PL, acusa Glauber Braga (Psol-RJ) de quebra de decoro por ter ofendido Eduardo Bolsonaro durante reunião na Comissão de Relações Exteriores.
Por último, foi instaurado processo contra a deputada Sâmia Bomfim, pedido pelo PL. O partido acusa a deputada de ter quebrado o decoro durante reunião da CPI do MST. O PL diz que ela abusou de suas prerrogativas constitucionais e “iniciou seus ataques gratuitamente” aos deputados do partido.
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