Durante audiência pública sobre a reforma tributária no Senado na terça-feira (29), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), corrigiu a placa de identificação que marcava seu assento no plenário como “governador”. O vídeo em que ela altera o objeto e acrescenta a letra “A” viralizou nas redes sociais.
Segundo a governadora, o acontecido é “expressão de machismo estrutural na política brasileira”.
"Acontece o tempo inteiro. Além da gente ser barrada, chama a gente de deputado, de prefeito, de governador, como se isso fosse natural. Como que se coloca lá o nome de Raquel e governador? (...) Mas isso é a expressão apenas de um machismo estrutural na política brasileira. Infelizmente, ainda não estão acostumados a ver mulher ocupando espaço de poder", disse a Raquel Lyra.
Ainda conforme a governadora, também nesta terça, ela chegou a ser barrada por alguns minutos quando tentou entrar no Plenário do Senado Federal.
Em outra ocasião, no dia 9 de janeiro, quando vários governadores foram até Brasília para ver os danos que os golpistas deixaram para trás, segundo a governadora, ela foi barrada novamente. Enquanto isso, três colegas governadores homens passaram tranquilamente.
Falta de representatividade:
Em 26 estados mais o Distrito Federal, há apenas duas governadoras;
no Senado, de 81 senadores, apenas 15 são mulheres;
enquanto na Câmara dos Deputados, de 513 parlamentares, 96 são mulheres.
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