A equipe do restaurante Bode do ngelo, onde ocorreu a agressão a uma cuidadora no último domingo (21), se manifestou sobre o caso. Em nota divulgada nas redes sociais, o estabelecimento repudiou o ocorrido e afirmou estar prestando assistência à vítima
“Especificamente no nosso espaço recreativo conhecido como ‘O Bodinho’, lamenta e demonstra indignação com o fato. Nos solidarizamos principalmente com a colaboradora, que está sendo acolhida e recebendo cuidados emocionais e apoio jurídico desde o primeiro instante”, pontuou.
Câmeras de segurança do restaurante, que está localizado no Bodódromo, em Petrolina, registraram o crime. Nas imagens, foram registrados empurrões, puxões de cabelo e chutes no rosto desferidos pelo acusado, um policial militar do Estado da Bahia.
A vítima registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal. Segundo informações, ela cuida de diversas crianças no parquinho do restaurante. A confusão teria iniciado quando uma criança passou a brigar com as outras, sendo necessário chamar a mãe para que acalmasse o menino.
Incomodada com a situação, a mãe passou a xingar a cuidadora e colocou o dedo em seu rosto. Logo após, foram iniciadas as agressões físicas. Ao ver a confusão, o pai da criança chegou ao espaço gritando e xingando a funcionária.
As imagens do estabelecimento também registraram o momento em que o policial militar sacou uma arma de fogo.
A Polícia Civil de Pernambuco está à frente das investigações e informou que a apuração “segue em andamento”. A Corregedoria da Polícia Militar também declarou estar ciente do ocorrido e afirmou que vai apurar os fatos.
Em áudio enviado ao blog Preto no Branco, o acusado deu a sua versão dos fatos. " Sou homem para assumir meus erros e também meus acertos. Então, peço a todos que não me julguem, porque não sou uma pessoa de má índole", declarou.
Leia o relato do PM, divulgado pelo blog Preto no Branco:
“Eu sou o militar da situação do Bodódromo. Eu só queria deixar claro aqui tudo o que aconteceu. Antes de acontecer os vídeos aí divulgados, o que está passando nas mídias, eu fui almoçar no bode três vezes. Durante essas três idas ao bode, a cuidadora de crianças que fica no parquinho, maltratou meu filho de 2 anos. No primeiro dia, ela pegou meu filho e deixou na mesa. Meu filho não queria ir para mesa, porque quem tem filho pequeno de dois anos sabe que quando a criança vê uma coisinha para brincar, ele fica entretido. No segundo dia, ela pegou no braço do meu filho, tomando os brinquedos, com ignorância. Nesse mesmo segundo dia uma menina aparentemente de 5 a 6 anos estava batendo no meu filho e nada ela fez. Quando ele foi ontem para brincar ela repetiu o que tinha feito no segundo dia. Falando coisa com ele, pegando no braço dele, sacudindo e a mãe viu aquela cena. Foi lá falar com ela e ao abrir a porta, ela disse que você tem que dar educação a seu filho. Seu marido tem que dar educação ao seu filho. Aí minha esposa foi e falou para ela. Ficou lá, ela falando bruto com minha esposa, ela tava pegando no braço do meu filho e fazendo as mesmas coisas que ela já tinha feito uns dias anteriores. Minha esposa levantou da mesa e foi falar com ela ‘se você não tem capacidade e não é capacitada para trabalhar com criança passa para outra pessoa’. Ela foi e meteu uma mão dos peitos da minha esposa, aí eu entrei no estabelecimento para separar. Tinha uma segunda pessoa lá, me abraçou, pegou no meu braço e nesse momento, tocou na minha arma, minha arma ia caindo, eu tentando me equilibrar porque as duas estavam lá, uma agarrada no cabelo da outra, tentando me equilibrar, eu peguei a arma da cintura e coloquei a arma para trás. Não passei mais de 9 segundos com a arma na mão e coloquei a arma na cintura novamente. E aí soltaram um vídeo aí me incriminando, dizendo que eu puxei arma para crianças, que eu espanquei a cuidadora. Jamais iria fazer isso, até porque eu sei dos meus direitos. Então, estou aqui para esclarecer. Sou homem para assumir meus erros e também meus acertos. Então, peço a todos que não me julguem, porque não sou uma pessoa de má índole. Como já me julgaram. Disseram: ‘Tava bebendo e alterando’. Primeiramente, eu não bebo. Quem me conhece sabe que eu não bebo, eu nunca bebi. E jamais eu vou tá tomando esse tipo de atitude, e principalmente em locais isolados, de crianças. Então, estou aqui para esclarecer os fatos. Espero que todos entendam a minha situação”
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