O governador Jerônimo Rodrigues iniciou uma intensa agenda que teve início no município de Sento Sé, neste sábado (29). Em Sento Sé, foi inaugurada uma unidade conjugada da Delegacia Territorial e Pelotão da Polícia Militar, que recebeu investimento de R$ 3,7 milhões, entre obras e mobiliário.
A assessoria de imprensa do Governo da Bahia respondeu ao questionamento da REDEGN informando que a Delegacia Territorial de Sento Sé possui uma estrutura com recepção, salas para delegado, Investigação, reconhecimento de presos, advogado, custódia, celas, copa, de acolhimento, vestiários e está localizada Endereço:localizada na Avenida Raul Alves de Souza.
No mês passado repercutiu os dados que a Bahia é o estado que registrou o maior número de mortes violentas no primeiro trimestre de 2023. Entre janeiro e março deste ano, 1.289 pessoas morreram em casos de feminicídios, homicídios dolosos, latrocínios ou lesões corporais seguidas de morte.
Os dados fazem parte do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base em informações oficiais dos 26 estados e o Distrito Federal. O levantamento foi divulgado na terça-feira (20).
Apesar do número alto, a quantidade de mortes violentas do primeiro trimestre diminuiu quase 3% em relação ao mesmo período de tempo em 2022, quando foram registradas 1.328.
Segundo o advogado especialista em Segurança Pública, Luiz Henrique Requião, a liderança no ranking de assassinatos no país é a junção de uma série de fatores, entre eles a desigualdade social.
“Os dados de violência nunca estão dissociados dos dados econômicos no local. A Bahia ainda é um dos estados com um dos maiores índices de desigualdade do Brasil", explicou. Segundo Luiz Henrique, a desigualdade social é a motivação para muitas pessoas entrarem no tráfico de drogas, um crime que muitas vezes "anda junto" com latrocínio e homicídios, por exemplo.
Um outro agravante do número de assassinatos são os feminicídios, casos que têm sido recorrentes na Bahia. Para o advogado, a quantidade de casos se deve a dois fatores: a conscientização das mulheres e o entendimento do que é o crime de feminicídio.
"Quando a lei muda, há sempre um tempo para compreender as situações. Hoje, já existe essa compreensão do que é entendido como feminicidio e isso muda a forma com que os crimes são tipificados”, disse.
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