Em quatro meses, a nova gestão dos Correios já conseguiu melhorar o resultado recorrente da empresa. Enquanto em janeiro e fevereiro a estatal tinha registrado um resultado recorrente negativo de R$ 215 milhões, no período entre março e junho o indicador foi positivo em R$ 80 milhões.
"Isso mostra que estamos no rumo certo, trabalhando para cumprir a missão que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos confiou, de fortalecer os Correios como empresa pública", afirmou o presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos, destacando que foi por iniciativa do Presidente da República que a estatal saiu da lista de privatizações, no primeiro dia de governo.
Em maio, os Correios registraram o melhor resultado do ano: R$ 85 milhões de lucro, com crescimento de 16% da receita em comparação ao mês anterior. Ao mesmo tempo, os indicadores operacionais também apresentaram melhora: o índice de entrega no prazo ficou em 95,6%, superando a meta estabelecida e o valor registrado no mesmo período do ano passado.
Segundo o presidente da estatal, uma das principais medidas para a reversão do resultado recorrente negativo foi a estratégia de reaproximação com os grandes clientes, o que inclui reuniões para ouvir e entender as demandas desse grupo, bem como a revisão da política comercial dos Correios. Com isso, por exemplo, três dos maiores clientes estratégicos da estatal aumentaram o volume de carga postada em 30% a 50%, com crescimento equivalente em receita.
"A nossa expectativa é que a recuperação de receita continue aumentando, de forma a equilibrar o caixa até o final do ano. Considerando o prejuízo de 2022 e os desafios que encontramos quando assumimos a gestão, nossa meta é fechar 2023 sem prejuízo", disse, ressaltando que no resultado líquido acumulado do ano a empresa ainda lida com um prejuízo de R$ 1,1 bilhão, causado principalmente pelos R$ 944 milhões de impactos negativos não recorrentes, ou seja, deixados pela antiga diretoria. Esse valor refere-se a contingências trabalhistas, precatórios e provisionamento do pós-emprego.
Desafios - Santos assumiu o comando da empresa em fevereiro, herdando um prejuízo de R$ 800 milhões deixado em 2022 pela gestão anterior. Um dos pontos de atenção, nos primeiros meses, foram as ações para fortalecer o compliance da estatal. Um exemplo foi a assinatura de um acordo de cooperação técnica com a Advocacia-Geral da União para uso de um sistema da AGU, a fim de aprimorar a governança nos Correios.
A nova diretoria também apresentou em maio um plano de ações e projetos estratégicos de curto e médio prazo para assegurar a sustentabilidade da empresa, garantir uma estratégia centrada no cliente, crescer nos mercados concorrenciais, otimizar o acesso da população aos serviços postais e reforçar a vocação para executar políticas públicas do governo.
Entre os pontos de destaque está a captação de recurso financeiro de longo prazo junto ao mercado financeiro com taxas mais atrativas, a fim de garantir os investimentos necessários para transformar os Correios. A lista inclui a modernização do parque de tecnologia e de infraestrutura logística, com a construção e a ampliação de complexos operacionais em diversas regiões do Brasil.
Na última semana, por exemplo, a empresa inaugurou um novo centro internacional de encomendas em Valinhos/SP e abriu a licitação para a contratação da construção de um complexo operacional em Brasília/DF. Ainda estão previstas construções de centros operacionais em Belo Horizonte/MG, Londrina/PR, São Luís/MA e Natal/RN, entre outros. A reforma de toda a rede de agências próprias, com mais de 6 mil unidades, também deve acontecer em três anos – 400 agências serão reformadas em 2023, e as obras já estão contratadas.
Outras ações definidas pela diretoria da empresa para a recuperação dos Correios incluem a reestruturação da carteira de imóveis e a revisão da estrutura da empresa, além de medidas para aproximar a estatal do atual momento da sociedade como o lançamento de produtos e serviços voltados ao e-commerce, a modernização da rede logística e a implantação de novas modalidades de atendimento e distribuição de forma a ampliar a universalização do serviço postal. Os projetos ainda envolvem a transformação digital dos Correios, a implantação da agenda ASG (Ambiental, Social e Governança), a instalação de um hub internacional no Nordeste e no exterior e a consolidação da estatal como operador logístico oficial dos órgãos públicos federais.
Sobre os Correios
Os Correios, líderes no segmento logístico e de entrega de encomendas no Brasil e responsáveis pela atividade postal nacional, são uma empresa pública moderna, com a missão de conectar pessoas, instituições e negócios por meio de soluções acessíveis, confiáveis e competitivas. Presente em 100% dos municípios do País, a estatal realiza a importante função de integração e de inclusão social, papel indispensável para o desenvolvimento nacional, por meio da maior infraestrutura logística do Brasil: uma rede de atendimento de mais de 10 mil agências, mais de 8 mil unidades operacionais, 23 mil veículos e 87 mil empregadas e empregados diretos.
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