Fotobiografia de Sonia Braga será lançada pela Cepe no 31º FIG

Ícone da cultura brasileira, 73 anos de idade, 59 dos quais consolidou uma carreira estelar, com 54 filmes, 26 séries, dez novelas e quatro peças teatrais e campanhas publicitárias, a atriz Sonia Braga ganha sua primeira fotobiografia em publicação da Cepe Editora e Edições Sesc São Paulo.

O livro será lançado no 31º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), sábado (29), a partir das 15h, dentro da programação da Praça da Palavra Luís Jardim.

Organizado pelo jornalista e designer Augusto Lins Soares, que já assinou as fotobiografias de Chico Buarque (Revela-te, Chico, Editora Bem Te Vi, 2018) e de Dom Helder Camara (O Santo Revelado, Cepe, 2019), Sonia em Fotobiografia resgata em mais de duzentas imagens a trajetória daquela que foi considerada pelo jornal The New York Times como uma das melhores artistas de cinema do século 21.

Com textos da jornalista e escritora Melina Dalboni e seguindo uma narrativa cronológica, o livro percorre em 256 páginas a história pessoal e artística de Sonia Braga. Da infância vivida em Maringá (PR), os tempos difíceis enfrentados com a morte do pai - que obrigou a família a se mudar para São Paulo e Sonia a abandonar a escola para trabalhar -, pontuando ainda seu ativismo político e os trabalhos que a consagraram no teatro, cinema e na televisão.

"Sonia sempre esteve na lista de personalidades que eu gostaria de fotobiografiar. Ela tem uma história linda na TV e no cinema, passando pelo teatro. E, por incrível que pareça, nunca foi publicada uma biografia dela. Então, foi uma honra poder pesquisar e produzir essa obra pioneira", assegura Augusto Lins Soares. A atriz não participou diretamente da elaboração da obra, mas deu total liberdade a Augusto para definir o projeto editorial.

Como um quebra-cabeças, ele iniciou a pesquisa a partir do acervo pessoal da atriz, de instituições públicas e privadas, acessando mais de vinte mil imagens. "Sonia adora fotografar e ser fotografada. Então, busquei priorizar e misturar imagens icônicas com outras menos conhecidas e até inéditas: fotos em família e eventos, cenas de cinema e TV, ensaios fotográficos..., mas também selecionei capas de revistas, pôsteres de filmes, obras de arte e outras imagens que ajudaram a construir o ícone Sonia Braga", destaca o organizador.

Considerada uma filha por Jorge Amado e musa inspiradora por artistas como Caetano Veloso - que dedicou a ela a música Trem das Cores -, Sonia Braga foi clicada por ícones da fotografia ao longo da carreira. Uma lista substancial que inclui nomes como Annie Leibovitz, Greg Gorman, Antonio Guerreiro (1947- 2019), Bob Wolfenson, Lew Parrella ( (1927-2014), Deborah Turbeville (1932- 2013) e cujos registros integram a fotobiografia.

Entre preciosidades que o livro reúne, imagens do primeiro ensaio fotográfico (algumas fotos inéditas) feito pela atriz, em 1975, para a revista Status, posando para Lew Parrella. Não menos vigorosa foi a pesquisa de texto, que buscou perfilar a atriz a partir de centenas de entrevistas concedidas a jornais, revistas, publicações online, programas de TV nacionais e estrangeiros.

"Depois de Carmen Miranda, que nasceu em Portugal e migrou para o Brasil com menos de 1 ano de idade, Sonia Braga é a atriz brasileira mais reconhecida no exterior. Ela tem um acervo fantástico, interpretou inúmeras personagens importantes na TV e no cinema e, por incrível que pareça, ainda não havia nenhum livro publicado sobre a íntegra da vida e obra dela – apenas um fotolivro de 1983 feito pelo fotógrafo Antonio Guerreiro (1947-2019), que foi casado com a atriz e registrou imagens daquele período", destaca Augusto. Desde os anos 1990, a atriz vive nos Estados Unidos,

No lançamento, Augusto Lins Soares conversa sobre a obra com a editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni.

Sobre o organizador

Augusto Lins Soares é formado em arquitetura e comunicação visual pela UFPE. Em abril de 1994, fez um curso de jornalismo na editora Abril e foi convidado para trabalhar como diretor de arte da revista Superinteressante. De 1994 a 2018, trabalhou nessa área em diversas revistas da Abril e de outras editoras, como Nova Beleza, Bravo, Elle, Cláudia, Nova, Ouse e Casa Vogue. Criou a revista Dom, voltada ao público masculino. Desde 2018, dedica-se à fotografia documental.