Aproveitando as férias, vim aqui nas páginas do blog do qual sou leitor incondicional, para fazer umas modestas considerações dando um passeio no tempo pela nossa cidade aniversariante no último dia 15 de julho, completando 145 anos de história...
Parece estou vendo aquela movimentação no Caís quando da chegada das embarcações que faziam o transporte de mercadorias para Pirapora, Januária e vice e versa. Era nosso comércio forte, e tínhamos na região, além da Companhia de Navegação do São Francisco, uma dezena de barqueiros que eram senhores prósperos e de boa reputação...
Daí seguimos para a Ponte onde a gurizada se divertia quando o Rio estava cheio, e de lá pulavam procurando os lugares mais altos. Era uma diversão perigosa, e é como se eu estivesse vendo tudo aquilo... Falar em Ponte, que bom que a Gestão atual bateu na porta do Governo Federal, e foi atendida, a fim de resolver essa pendência que existia há vários anos...
E agora, vamos para o nosso Cinema naquela época uma das salas cinematográficas mais bem equipadas, inclusive imagino, superando várias capitais no norte-nordeste. Que vaidade tenho, ao lembrar daquele espaço arquitetônico imponente e, tão bem cuidado e administrado por aquele jovem senhor, franzino, sereno, tudo observando, e que depois se tornou Prefeito dessa cidade!
Ah, passei dos antigos locais que serviam de Ponto de Ônibus Juazeiro/Salvador, Juazeiro/São Paulo, que depois mudaram para a Rodoviária a qual está precisando por demais de uma reforma geral, pelas informações que tenho da situação atual...
E voltando para a área da Rua do Apolo/28 de Setembro, estou vendo aqueles dois clubes que tinham no carnaval o seu ponto alto, e vejo ainda o Hotel Juazeiro, parada de outro meio de transporte (caminhões) Juazeiro/Curaçá e lembro como era grandioso aquele prédio...
E lá vou eu descendo pela Rua de Baixo, chegando ao Horto Florestal, nossa reserva ambiental, vamos assim chamar, onde lá tínhamos de tudo em abundância da fruta à verdura, salvo engano, umas vaquinhas de leite, além de ser um verdadeiro pulmão verde para toda a cidade...
Seguindo meu passeio, agora estou na Estação Ferroviária de Piranga, que durante anos foi ponto de chegada e partida das velhas “Maria Fumaça”, com seu apito forte e saudoso, que levavam nossa gente para a “Bahia”, pois assim chamávamos Salvador... Lá, atualmente, após ampla reforma, é chamada de “Estação do Saber”, uma obra assertiva no meu modo de pensar!
Ah, como são tantas coisas e locais para lembrar, e sei que não vou dar conta! Mas aquele Mercado “Velho” que tinha em pleno centro da cidade, na Praça Cordeiro de Miranda, era especial, e quando conheci o Mercado Central de Belo Horizonte, voltei no tempo, e fiquei a imaginar se o nosso, com aquela arquitetura linda e colonial, tivesse sido preservado, como hoje estaria...
E sigo perseguindo o passado, porque o presente não existe sem ele (como sempre diz um estimado amigo). E dando uma passadinha pela Praça da Misericórdia (Dr. José Inácio da Silva), olha quem me vem à mente: A Santa Casa com a imagem de N. S. dos Aflitos na entrada, que deu nome à Praça e tantas vidas salvou, se não me engano, com uma estrutura de não mais do que meia dúzia de Médicos...
Ah, outra coisa: naquela época não se falava de olhar para o lado, porque todos os lados é que olhavam para cá.
Quando me inspirei no tema EU ESTAVA ME LEMBRANDO... Realmente, não poderia ter a vaidade de me lembrar de tudo, podendo tentar da próxima vez, mas, hoje finalizo aqui na certeza de que a memoria nos faz passear sem sair do lugar...
Passei o último dia 15 de julho lembrando desses resumidos fatos da cidade que amo e, estão impregnados em mim, e resolvi aqui compartilhar...
Palavra final: “Juazeiro és esperança. Nossa fé não se consome!”
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
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