O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, nesta terça-feira, a redução da fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e anunciou que fará uma reunião para tratar do tema ainda nesta semana. Para ele, "não há explicação" para os mais de 1,7 milhão de processos aguardando análise no órgão, e será preciso contratar novos servidores ou "trocar quem não tem competência".
A cobrança ocorre uma semana após a exoneração do ex-presidente do INSS, Glauco Wanburg, em meio a dificuldades para diminuir a fila e suspeitas de uso indevido de passagens e diárias. "Tenho uma reunião nesta semana para discutir qual é o problema que está acontecendo, que as filas têm por volta de 1,9 milhão de pessoas. Não há nenhuma explicação, a não ser: 'Ah!, não posso aposentar porque não tenho dinheiro para pagar'", disse, no podcast semanal Conversa com o Presidente. O encontro será com o ministros da Previdência, Carlos Lupi, e da Fazenda, Fernando Haddad.
Lula também não perdeu a oportunidade de alfinetar o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. "A inflação está caindo e logo, logo, vai começar a baixar a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central é teimoso, é tinhoso. Não tem mais explicação", cobrou.
O presidente também conversou, por telefone, com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre. Na chamada, ambos trataram do Fundo Amazônia, da COP30 — que será realizada no Brasil — e do combate à fome. Lula também convidou o premiê a visitar o país.
Hoje, o presidente dará a medalha Ordem Nacional do Mérito Científico a cientistas que tiveram o prêmio retirado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro por trabalhos que desagradaram a gestão, envolvendo, inclusive, a ineficácia da cloroquina no combate à covid-19. Outros 21 pesquisadores que abriram mão da honraria, em protesto, também serão agraciados.
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