A jornalista Hildegard Angel veio à público pedir uma autópsia no corpo de Gal Costa, morta em novembro de 2022, após uma série de acusações contra a viúva da cantora, Wilma Petrillo, vierem à tona. Em uma reportagem assinada pelo jornalista Thallys Braga, na revista Piauí, Wilma é acusada de dar golpes financeiros, assédio moral e ameaças.
Sempre que os amigos perguntavam à cantora Gal Costa como ela conheceu a paulista Wilma Petrillo, sua companheira por quase três décadas, eles escutavam a “história do avião”: as duas se encontraram no início dos anos 1990, na primeira classe de um voo para Nova York. Quando o avião pousou, Petrillo disse que não tinha onde ficar na cidade, e Gal a chamou para se hospedar em sua casa.
De volta ao Rio de Janeiro, Gal acolheu a nova namorada na cobertura em São Conrado, no Rio de Janeiro, onde tinha vivido com a atriz Lúcia Veríssimo. Pouco a pouco, Petrillo passou a gerir a carreira da cantora e administrar seus negócios e bens. Discreta, raramente se deixava fotografar ao lado de Gal e nunca falava à imprensa. Nos bastidores, ela se tornaria a protagonista de uma série de problemas: cancelamentos de shows e discos, dívidas não pagas e processos movidos na Justiça por produtores e funcionários.
Na piauí de junho, Thallys Braga conta a misteriosa e polêmica trajetória de Petrillo, que, depois da morte de Gal Costa, em 9 de novembro do ano passado, pediu à Justiça o reconhecimento da união estável com a cantora, a guarda de seu único filho e o direito de tornar-se a inventariante do seu espólio.
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As atitudes de Wilma pegaram os fãs da cantora de surpresa e causaram desconfiança sobre a causa da morte de Gal, já que a reportagem também revela uma informação inédita sobre o atestado de óbito de Gal: o documento cita duas causas presumidas, infarto agudo no miocárdio e tumor maligno e crânio e pescoço. No entanto, a causa não pode ser definida por que o corpo da cantora não passou por autópsia. Para os fãs, o cenário piora já que funcionários e amigos revelaram que Wilma era abusiva com Gal — a mulher teria sido flagrada chamando a cantora de "velha", "gorda" e "burra" em diversas ocasiões.
"A partir das revelações recentes, admiradores de Gal Costa adquirem uma consciência súbita de que a 'causa mortis' da cantora não nos convence. Queremos uma resposta clara", escreveu a jornalista Hildegard Angel em uma postagem no Instagram.
A reportagem da Piauí trouxe acusações reveladas por seis ex-funcionários de Gal Costa, seis amigos e um parente, que afirmaram que Wilma Petrillo, esposa de Gal por 30 anos, afetou drasticamente a vida financeira e pessoal da cantora.
Wilma também trouxe danos para pessoas próximas ao casal, como o amigo das duas Bruno Prado, um médico baiano que foi ameaçado pela viúva por cobrar R$ 15 mil emprestados por ele à Wilma, que se recusava a devolver. Ela chegou a ameaçar contar para a família do médico que ele era gay — Bruno não havia se assumido para os parentes até então — caso ele não parasse de cobrá-la.
Além disso, funcionários da Baraka Produções Artísticas, empresa de Gal Costa, acusam Wilma de assédio moral e afirmam que, em diversos momentos, ela trabalhava no escritório com os seios à mostra, além de controlar o uso do banheiro e humilhar os colaboradores.
Golpes financeiros também são creditados à Wilma. Pelo menos três produtores informaram à reportagem terem sido prejudicados pela mulher. Um deles perdeu mais de R$ 1 milhão com um contrato. Ela também é citada como responsável por uma suposta sabotagem à carreira da cantora, que, segundo as fontes, foi preterida pelos produtores pelo comportamento da companheira, que destratava funcionários e aplicava taxas extras para apresentações.
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