Áudios revelados pelo podcast Os grampos de Robinho, do site UOL, nesta quarta-feira (14/6), revelam que o ex-jogador assumiu ter feito sexo com a mulher que o acusou de estupro, 10 anos atrás, em uma boate na cidade de Milão, na Itália. O material, produzido pela polícia por meio de interceptação de ligações telefônicas do ex-atleta, serviu de base pelo Ministério Público da Itália para a acusação de estupro contra o brasileiro. Nos áudios, o jogador negou ter participado do estupro da mulher, mas disse que ela estava "extremamente bêbada" quando o ato aconteceu. Além disso, ele chegou a ameaçar "dar um soco na cara dela".
O caso foi analisado pela justiça da Itália, e Robinho foi condenado no ano passado, em última instância, a nove anos de prisão. O ex-jogador, porém, segue em liberdade por estar no Brasil. "Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá". Em outro momento, Robinho se mostra preocupado: "Caralho, se esse bagulho sai na imprensa, vai me f....".
De acordo com um grampo feito no dia 3 de janeiro de 2014, durante uma conversa com um amigo identificado como Jairo, o ex-jogador negou e riu da acusação de ter estuprado a mulher albanesa. "Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí", falou o brasileiro. Pela conversa, aparentemente, ele apostava que a vítima não o associaria ao crime. "A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou", afirmou.
Ainda com base nas interceptações telefônicas, o ex-atacante nega ter feito sexo à força com a vítima e incrimina os amigos ao insinuá-los como responsáveis pelo ato. "Os muleques que estão f... Olha como Deus é bom. Eu nem toquei na menina, agora eu vi o Rudney rangando ela, e os outros caras rangando ela. Então os caras que rangaram ela vão se f...".
Em outra conversa grampeada pela polícia italiana, Robinho reafirma desconhecer a vítima. "Primeiro, o bagulho faz um ano. Segundo: não toquei nem nessa menina. Quem tocou nela está lá no Brasil. Vai atrás do pessoal que está lá no Brasil. Ah, quer ir atrás dos caras, pô, vai lá no Brasil lá, irmão. Vai lá no Brasil. O importante é que eu nem conheço essa mina, nem conheço ela. Vê se ela tem meu telefone, se ela já me beijou. Nem conheço."
Ao sustentar a ideia de que ele não teria participado do estupro e que os responsáveis pelo crime estariam no Brasil, Robinho expressava a crença de que o caso não seria analisado pela justiça. "Mas não vai dar nada", disse.
"Ninguém vai dizer que vocês fez p... nenhuma com a mina, nem tu (Ricardo Falco) nem o Jairo. Pros moleque vai, pro Seu Claytinho, pro Seu Galan, pro Seu Alex. O Galan não, ele não fez nada, mas se a mina botou o nome dele, vou fazer o quê? Agora Claytinho, Rudney e Alex, tá morto", sustentou ex-atleta, em uma ligação.
Na conversa com o amigo Ricardo Falco, também condenado pelo estupro, Robinho falou em bater na vítima: "A mina sabe que tu não fez p... nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: 'Porra, que que eu fiz contigo?."
Durante a investigação
Diferente da crença de Robinho, o caso foi apurado pela polícia e pelo Ministério Público italiano. Em meio às investigações, segundo os áudios divulgados pelo site, Robinho liga para Alex, um amigo envolvido naquela noite, e questiona os próximos passos da investigação: "E agora? Vai entender se a mina teve filho ou não, ninguém sabe se ela teve, se ela não teve, a polícia não vai falar".
Na resposta, Alex rebate o questionamento de Robinho dizendo que se a vítima não tiver um filho, seria a palavra dela contra a deles.
O brasileiro concluiu a chamada afirmando que a parte boa é que a discoteca não tinha uma câmera: "O cara que o Jairo contratou falou assim, que a única coisa boa é que os cara tá lá no Brasil e na discoteca não tinha câmera, porque se pegasse a câmera, os cara ia pegar eles até no Brasil. Como não tinha câmera, vai ficar meio embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida".
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