PSDB ensaia namoro com PT e movimenta bastidores na base de Suzana Ramos, em Juazeiro

Um possível namoro entre o PSDB e o PT na Bahia, não assumido ainda declaradamente pelas partes, é assunto em pauta nos meios políticos baianos desde a chega do presidente da Câmara de Salvador, Carlos Muniz, ao PSDB.

Nos últimos dias o burburinho aponta que existem conversas de bastidores entre as partes, principalmente com o vice governador do estado Geraldo Júnior, um aliado de Muniz, o novo tucano. Geraldo Júnior estaria pavimentando uma possível candidatura a prefeito de Salvador, referendado pelo PT, e o PSDB poderia passar a integrar essa base, rompendo relações com o DEM, de Bruno Reis, de quem é aliado na capital.

O namoro, ainda em fase de “paquera”, pode ainda estar longe de ser realidade, mas já repercute em Juazeiro, onde a prefeita Suzana Ramos, do PSDB, aliada de primeira hora de Adolfo Viana, presidente da legenda, ganharia motivos para integrar a base de Jerônimo, do PT de Lula e mexer com o cenário que vem se estabelecendo localmente para as eleições de 2024.

Com boa parte dos seus aliados, leia-se deputado Roberto Carlos e Joseph Bandeira, no palanque de Jerônimo e conjecturando candidaturas a prefeito no ano que vem, Suzana Ramos ganharia espaço para negociar e manter a base que a elegeu em 2020, o que, para analistas, seria muito significativo.

Nos bastidores, a boca pequena, fala-se que a ideia agrada muito Suzana, já que com o PSDB se aliando à base de Jerônimo e Lula, renderia boas fotos no palanque da Travessia Urbana e diminuiria consideravelmente boa parte do ímpeto de aliados, que permanecem no governo, mas ensaiam pular do barco para ser opção do governador na eleição municipal, em Juazeiro.

“Uma aliança entre o PSDB e o PT, a nível estadual coloca Suzana na cara do gol”, disse um aliado, que pediu reservas.

Na avaliação desse aliado já havia conversas anteriores nesse sentido, entre a prefeita e interlocutores com base em Juazeiro, ligados a Jerônimo, pavimentando uma possível conversa da prefeita com o governador, com alguma resistência, de lado a lado.

O namoro entre a partes, em Salvador, soou bem aos ouvidos do governo municipal e de aliados mais alinhados, porque, segundo essa fonte: “no mínimo, mistura o jogo”.