A foto que o deputado federal Yury do Paredão (PL-CE) postou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desagradou aos eleitores dele nas redes sociais e causou uma má impressão entre os colegas de partido, que é o maior de oposição a Lula e abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar recebeu Lula, o ministro da Educação, Camilo Santana, o governador do Ceará, Elmano Freitas (PT), e o líder do Governo na Câmara, deputado Zé Guimarães (PT), no aeroporto de Juazeiro do Norte (CE), durante a visita do presidente no Ceará na sexta-feira (12).
“É uma honra recepcionar o presidente Lula em minha cidade. Estamos ansiosos para discutir ideias e soluções para o desenvolvimento do nosso estado. Juntos, podemos construir um Ceará mais forte e justo para todos”, escreveu o deputado na legenda do post.
A foto passou de 12 mil comentários, a maioria negativa. Frases como “deixando de seguir” e “traidor” são maioria. Outros dizem que ele não se reelege.
Os colegas de partido também criticaram a publicação. André Fernandes, do mesmo partido e estado, publicou em seu perfil no Twitter: “Deputado do PL que posa ao lado do maior ladrão da história do Brasil em foto tem que ser expulso imediatamente do partido. Quem tem “honra” em receber Lula, não tem honra para permanecer no nosso partido”.
Carlos Jordy (PL-RJ) fez um vídeo sobre o caso.
“Eu não sei qual a intenção dele com isso, se tá querendo emendas ou expulsão do partido, mas eu já conversei com dirigentes da legenda e nós não vamos dar esse gostinho para ele, porque com a expulsão ele carrega o mandato dele. Ele vai ficar no partido, mas nós vamos deixar ele ‘no sal'”, declarou.
À CNN, o deputado Yury do Paredão disse que “os conflitos radicais não fazem bem ao povo brasileiro”.
“Exerço o meu mandato com diálogo, respeito e tolerância. Estou à disposição para ouvir as demandas da população e buscar soluções. O Brasil precisa olhar para frente. Os conflitos radicais não fazem bem ao povo brasileiro. A política é instrumento para a superação de desafios. Ela não deve servir ao radicalismo e nem incentivar o ódio”, informou em nota.
Oficialmente, o PL não se manifestou sobre possível sanção ou expulsão do deputado do partido.
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