UNEB recebe menção honrosa por atuação na proteção e defesa dos povos indígenas do Sul da Bahia

A Reitora da UNEB, professora Adriana Marmori, recebeu menção honrosa de Direitos Humanos da Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública do Estado da Bahia, na tarde de ontem (11), no Espaço Cultural da Câmara dos Vereadores de Salvador, no Centro Histórico. 

A comenda também foi outorgada ao secretário de Articulação Interinstitucional (Seai) da UNEB, Professor Ricardo Moreno, e à professora Geovanda Batista, coordenadora do Centro de Estudos Intercultural e da Temática Indígena (Cepiti). 

A honraria, que celebra os 14 anos da Ouvidoria Cidadã e reconhece a rede de apoio que auxiliou na consolidação dos objetivos de defesa dos Direitos Humanos, foi concedida à UNEB pelas ações de proteção e defesa dos povos indígenas no extremo sul da Bahia e pela oferta de atividades nas comunidades tradicionais. 

"É uma honra para universidade receber três comendas que valorizam e reconhecem a luta travada junto aos povos Pataxó pelo direito a vida, à terra, à equidade e justiça social. Essa menção honrosa ratifica e notabiliza a importância da atuação incansável de pessoas e entidades diversas e socialmente implicadas com a defesa e proteção dos nossos povos originários", destacou a reitora Adriana Marmori. 

Nesse sentido, Geovanda Batista reforçou a importância do agir coletivo na luta por justiça e por igualdade. "Nossos nomes representam um emblema de um conjunto de forças, de pessoas, que colocam a nossa universidade em movimento para que a ciência contribua com a construção de uma sociedade digna de se viver, onde os povos tenham assento e vivam a justiça social", disse. 

O professor Ricardo Moreno reafirmou a importância da Rede de Proteção e Solidariedade aos indígenas do sul da Bahia, constituída pela UNEB e diversas outras entidades. "As ações da rede foram fundamentais no apoio e defesa dos povos Pataxó.  Ajudou a salvar vidas e garantiu direitos constitucionais a cidadãs e cidadãos indígenas. Por outro lado, é importante dizer, essas comunidades continuam sendo ameaçadas, atacadas, jovens indígenas continuam sendo assassinados.  O estado de alerta continua. Ainda há muito a fazer", frisou. 

Histórico – Em 2022, foram noticiados diversos ataques de grupos armados contra os povos indígenas pataxó no extremo sul da Bahia. Professores da UNEB e mais de 24 entidades participaram da Caravana Intercultural Indígena, que denunciou e chamou atenção das autoridades para os ataques e perseguições. 

A reitoria da UNEB também realizou ações em defesa do povo Pataxó com manifestações públicas em solidariedade às comunidades indígenas e com a construção de audiência pública e de Rede de Solidariedade e Proteção junto a Ouvidoria Estadual, Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público Federal, que convidou a universidade para compor grupo de trabalho para acompanhar e denunciar atos de violência na Região.