A fábrica da White Martins vai receber energia solar do Complexo Solar Futura I, em Juazeiro (BA) por 12 anos. A Eneva, que controla o parque fotovoltaico, fechou contrato com a White Martins e vai fornecer 25% do consumo total de energia da multinacional. Com isso, a White, vai aumentar a oferta de “produtos verdes”, que são gases industriais obtidos a partir de fontes renováveis, com baixo ou nenhum teor de carbono.
Já para a Eneva o contrato significa garantia de suprimento a longo prazo com um grande cliente quando a transição energética ganha cada vez mais relevância no Brasil e no mundo.
“O projeto não visa economizar. O fundamental é ser renovável. Cada vez mais clientes nos cobram sustentabilidade e produtos verdes. Assim vamos poder oferecer”, diz o presidente da White Martins no Brasil, Gilney Bastos. O executivo também preside a Linde, holding da White, na América do Sul. “Para além da White Martins, existe um projeto de nação. Nós temos que aproveitar o potencial que o Brasil oferece para energias renováveis e fazer virar realidade. Precisamos colocar o país no mapa de renováveis”, diz Bastos.
O complexo solar ocupa, em Juazeiro (BA), área equivalente a 1.550 campos de futebol, com 1,5 milhão de placas solares, em região com um dos mais altos índices de irradiação solar do Brasil. Tem capacidade instalada de 870 megawatts-pico (MWp). O projeto tem perspectivas de expansão, mas ainda sem datas: os parques Futura II e Futura III, juntos, poderão adicionar 2,3 gigawatts de capacidade instalada ao complexo.
A parceria entre as duas companhias foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em março. O parque fotovoltaico da Eneva na Bahia começou a operar no quarto trimestre do ano passado e o fornecimento para a White se deu a partir de abril. No total, a Eneva investiu R$ 2,9 bilhões no parque fotovoltaico e na compra da comercializadora Focus Energia.
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