O professor Carlos Fonseca, do Departamento de Ecologia (Decol), participou da reunião da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em Brasília e reafirmou o dever coletivo de cuidar e preservar o ecossistema. O evento fez parte de uma celebração prévia ao Dia Nacional da Caatinga, comemorado originalmente em 28 de abril.
Em seu discurso, Carlos destacou o Projeto de Lei nº 3048 de 2022, que institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga, dá acesso ao Fundo Nacional do Meio Ambiente e dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. O pesquisador ressaltou, ainda, a importância do bioma para as espécies que o compõem.
“Essa biodiversidade é responsável por enriquecer e manter a vitalidade de nossos solos, pela qualidade de nossas águas, por alimentar nossos rebanhos, polinizar nossas flores, controlar as pragas de nossas lavouras, curar nossas doenças e alimentar nossa gente”, explicou.
Além disso, Carlos Fonseca reafirmou a necessidade de políticas públicas socioambientais, tanto em nível federal quanto estadual e municipal, à luz das mudanças climáticas e seus efeitos na vegetação. “A restauração dos ecossistemas tem um papel fundamental no enfrentamento do processo de desertificação que assola muitas regiões da Caatinga e que aprofunda as desigualdades sociais”, ponderou.
Em relação à adaptação da fauna e da flora às mudanças climáticas, o professor alertou sobre a urgência da criação de unidades de conservação, do cumprimento do Código Florestal, da restauração do bioma e do manejo adequado das matrizes antrópicas. “São ações urgentes que aumentam a conectividade da paisagem e garantem que as plantas e os animais da Caatinga tenham um lar onde possam continuar a existir e prover recursos para as futuras gerações”, evidenciou.
Entre as atribuições da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal estão a discussão e a votação de temas como: política e sistema nacional do ecossistema; direito ambiental; legislação de defesa ecológica; recursos naturais renováveis; flora, fauna e solo; edafologia e desertificação; e desenvolvimento sustentável. A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasilero e atualmente ocupa 11% do território nacional, concentrando-se em grande parte nos estados do Nordeste, alcançando também o estado de Minas Gerais.
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